quinta-feira, 7 de julho de 2022

Reino Unido/Boris Johnson demite-se mas quer ficar no cargo até "novo líder estar em funções”

Bissau, 07 Jul 22 (ANG) - Boris Johnson confirmou, esta quinta-feira, que vai abandonar o cargo de líder do Partido Conservador e de primeiro-ministro do Reino Unido mas  que  quer manter-se como líder do Governo “até um novo líder estar em funções”.

Num discurso em frente ao n.º10 de Downing Street, em Londres, Boris Johnson confirmou que vai abandonar o cargo de líder do Partido Conservador e de primeiro-ministro do Reino Unido. Ele revelou que o calendário para a escolha do seu sucessor será divulgado na próxima semana e disse que se quer manter como líder do Governo “até um novo líder estar em funções”.

"Concordei que o processo de escolha de um novo líder [dos conservadores] deve começar hoje", disse Boris Johnson à porta de Downing Street, a residência e gabinete oficial do primeiro-ministro.

De acordo com a BBC, a corrida interna à sucessão deverá ter lugar durante o Verão e Boris Johnson poderá passar o testemunho antes do congresso anual dos conservadores, marcado para Outubro.

Boris Johnson foi empurrado para a demissão depois de renúncias de vários ministros na sequência de vários escândalos. Na manhã desta quinta-feira, o novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, pediu a Boris Johnson para partir e outro ministro anunciou retirar-se do executivo. Desde terça-feira, cerca de 50 pessoas anunciaram sair da equipa governamental, nomeadamente quatro ministros de vulto, vice-ministros e secretários de Estado e deputados com funções ligadas ao executivo.

A Procuradora-Geral para a Inglaterra e para o País de Gales, Suella Braverman, também tinha apelado à demissão de Boris Johnson e anunciou que está na corrida para liderar o Partido Conservador. Dezenas de personalidades dos Tories também se manifestaram contra a manutenção de Boris Johnson no poder.

Todos colocaram em causa o primeiro-ministro, considerado inapto a dirigir o país devido a uma série de escândalos em que está envolvido. O último foi a alegada protecção a Chris Pincher, um responsável conservador acusado sucessivamente de assédios sexuais. Downing Street dizia que Boris Johnson não estava a par das acusações, mas acabou por assumir que estava. ANG/RFI

 

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