Saúde/Ministro declara que Centro de Hemodiálese não pode estar no Hospital Simão Mendes
Bissau,
26 Jul 22 (ANG) – O ministro da Saúde Pública afirmou que o futuro Centro de
Hemodiálese não pode estar num hospital como o Simão Mendes, devido à riscos de
infeção que acarreta.
Dionicio
Cumba falava hoje em entrevista à
Agência de Notícias da Guiné(ANG), sobre as expectativas de o país dispor de um
Centro de Hemodiálese, há muito aguardado.
"A
ideia que temos é que o futuro Centro de Hemodiálise não pode estar dentro de um
hospital como o Hospital Nacional Simão Mendes, porque o risco de infeção que um
paciente de hemodiálese vai ter no espaço onde circula é muito alto”, disse.
O que se pode fazer, segundo Cumba, no hospital Simão Mendes e nos seus potenciais
serviços, onde haja doentes com
insuficiencia renal aguda, é arranjar
uma sala com camas que têm cadeiras de hemodiálise, nomeadamente nos Serviços
de Urgência, de Cirurgia, Medicina Interna
e outros.
O
governante disse que o Centro tem que estar fora do Simão Mendes com estrutura
própria e construido de raiz. “E ao lado do centro, ter uma residência para os doentes que saiem de
regiões do interior dso país, em estado agúdo e que não têm família em Bissau
para fazerem seus percursos de hemodiálise”, acrescentou.
Dionísio
Cumba sublinhou que o resultado final da Hemodiálese leva ao transplante de
rins , o que, segundo as suas palavras, a
Guiné-Bissau está longe de chegar, porque exige um conjunto de intervenções que têm que ser feitas antes do processo de
transplante, sobretudo no que toca com o cadáver ou as pessoas em vida, onde a
mãe pode dar para filho ou vice versa, caso são compatíveis.
Cumba
disse que o projeto vai levar ainda um pouco de tempo para se concretizar,
porque tem que ser criadas as condições básicas em termos logistícas e de infraestruturas.
Para
o funcionamento do Centro propriamente dito, Dionísio Cumba realçou que tudo
vai depender de financiamento, frisando que, em termos de formação dos técnicos, não deve
haver grandes problemas e diz que pode durar cinco ou seis meses, para formar os enfermeiros
que vão trabalhar no Centro de Hemodiálise, e para médico nefrologista, um ano.
"Durante
o encontro que vamos ter com a missão da Agência de Cooperação Brasileira,
cuja chegada está prevista para 01 de Agosto, vamos perceber a disponibilidade do Brasil, em termos de
financiamento do Centro e apartir daí
poderemos ver qual será a dimensão do Centro e se o financiamento vai
nos permitir tê-lo”, explicou.
Segundo
o ministro da Saúde já foi identificado um espaço, em Antula, para construção de raiz do
referido Centro.
“O importante neste momento é prevenir-se de
todos os factores de risco que levam a insuficiência renal, a hipertensão,
diabetes e outras, que nos últimos tempos aumentaram muito no país”, disse
Dionísio Cumba em entrevista à Agência de Notícias da Guiné(ANG). ANG/MI/ÂC//SG
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