África
de Sul/Violação
colectiva gera protestos contra imigração
Bissau,12 ago
22(ANG) - As autoridades da África do Sul e de Moçambique vão-se reunir em
Maputo, a 22 e 23 de Agosto, para discutir a imigração ilegal, na sequência de
uma violação colectiva em que seis imigrantes moçambicanos estão entre as 14
pessoas acusadas formalmente.
O julgamento
está marcado para 28 de Agosto. O caso originou uma onda de violentos
protestos populares.
O combate à mineração ilegal na África do
Sul foi debatido, quinta-feira, no
Parlamento sul-africano. Dados oficiais apresentados na assembleia indicam que
as autoridades sul-africanas prenderam mais de 4.000 pessoas por mineração
ilegal no país desde 2019.
O tema voltou à tona depois da violação
colectiva de oito mulheres numa mina abandonada na área mineira de Krugersdorp,
a oeste de Joanesburgo. De acordo com uma fonte do Ministério Público
sul-africano, seis dos imigrantes moçambicanos - incluindo um menor de 16 anos
- encontram-se entre os 14 indivíduos acusados formalmente pela alegada
violação colectiva.
Os 14 enfrentam acusações de violação,
assédio sexual, roubo em circunstância agravada e violação da lei de imigração
relacionadas com o caso que chocou o país. No total, pelo menos 43
moçambicanos foram detidos na sequência da alegada violação coletiva, segundo
fonte da polícia sul-africana.
O caso originou uma onda de violentos
protestos populares em que centenas de moradores se juntaram às forças
policiais ao acusar os trabalhadores mineiros ilegais – conhecidos localmente
por « Zama Zama » -, pelo elevado nível de criminalidade na
província.
O julgamento foi adiado para 28 de Agosto
para novas investigações.
Entretanto, as autoridades da África do
Sul e de Moçambique vão reunir-se em Maputo, a 22 e 23 de Agosto, para discutir
a imigração ilegal oriunda do país vizinho. Centenas de pessoas que se dedicam
à exploração ilegal de minas abandonadas na África do Sul são imigrantes
ilegais oriundos do Zimbábue, Moçambique e Lesoto.ANG/RFI
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