Conflito sobre terras/Advogado de uma das famílias em disputa apela o cumprimento da sentença do Tribunal Regional de Bissau
Bissau,01 ago 22(ANG) – O advogado de uma das famílias
que disputam um terreno em Antula, arredores de Bissau, Victor Embana pediu a
parte cuja sentença não favorece e ao representante do seu constituinte Bigna
Ntchala para obedecerem o veredicto do Tribunal Regional de Bissau.
Imbana fez o apelo numa conferência de imprensa
realizada, no último fim de semana e disse que o espaço em disputa, um terreno
de 25,5 hectares, pertence ao falecido pai do seu constituinte, Pedro Biaia
Tchongo, de nome Biaia Tchongo.
O terreno em
causa era disputado(processo número 258/2019)
pela família Tchongo e a família
Cá, representados por dois elementos: João Cá e Armando Cá.
Segundo o advogado, Victor Imbana, por ter que
ausentar, para cumprir a tradição do fanado, e numa altura que a disputa desse
terreno já se encontrava sob apreciação judicial, o seu constituinte, Pedro
Tchongo delegou as suas competências ao Bigna Ntchala passando-lhe uma
procuração.
Na ausência do Pedro, segundo o advogado, o Tribunal
proferiu uma sentença que deu razão à família Tchongo, mas o representante deste,Bigna Ntchala, se
assumiu como dono do terreno e começou a vender algumas parcelas aos interessados, sem consentimento dos
donos.
“A sentença do Tribunal publicado no dia 25 de junho
de 2020, não referiu, em nenhum momento, o nome do representante de Pedro Biaia
Tchongo na pessoa de Bigna Ntchala como dono do terreno”, diz o advogado.
Disse que a
decisão do Tribunal se baseou no Boletim Oficial, número 5815/93 que comprova
que o espaço pertence ao Biaia Tchongo, pai do seu constituinte, Pedro Tchongo..Espaço em litígio
Victor Imbana diz que, após a sentença, Bigna Ntchala
começou a violar os direitos consagrados na sentença, inclusive a vender terrenos, a permitir a confecção de
blocos, sem aval do proprietário.
Informou que, devido a constantes violações, a família
Biaia Tchongo entrou com uma Providência Cautelar no Tribunal Regional para a
suspensão de todas as atividades no referido terreno.
Para impedir que mais apropriações “indevidas” sejam
feitas no terreno em causa,Victor Imbana disse que já endereçaram cartas às
autoridades competentes, nomeadamente à Polícia de Ordem Pública e Guarda Nacional, para
fazer cumprir a decisão do tribunal. ANG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário