RDC/Governo pede expulsão de porta-voz da Monusco
Bissau, 04 Ago 22 (ANG) - O governo, por intermédio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, decidiu expulsar Matthias Gilmann, porta-voz da Missão das Nações Unidas no país, por considerar que as suas declarações estão na origem dos tumultos que fizeram 36 mortos civis, entre os quais 4 capacetes azuis, e mais de 170 feridos nas províncias do Quivu do Norte e do Sul. A ONU lamenta esta decisão.
No passado 13 de Julho, o porta-voz da
Monusco declarou em entrevista que o grupo rebelde “M23 possui armas mais
sofisticadas do que há alguns meses”. Esta declaração levou o governo a reagir
prontamente, dizendo que com esta afirmação, a organização estaria a admitir a
sua impotência, mas também a desmotivar os soldados na linha de frente.
No resto do continente as reacções não
tardaram a chegar, nomeadamente da imprensa. Em todos os veículos destoa uma
única mensagem: o futuro da ONU em África está comprometido.
Com este episódio, a caça aos capacetes
azuis foi declarada e continua em aberto.
Esta situação ocorre num contexto em que um novo relatório das Nações Unidas confirma a intervenção directa do exército ruandês contra as posições do exército congolês no leste da RDC, em apoio a grupos rebeldes, de Novembro de 2021 a Junho de 2022.
ANG/RFI
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