sexta-feira, 12 de agosto de 2022


Guerra na Ucrânia
/Agência Internacional de Energia Atómica qualifica a situação em Zaporija como "grave"

Bissau,12 Ago 22(ANG) - O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse quinta –feira a noite ao Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, que as actuais manobras militares junto à central nuclear de Zaporija, na Ucrânia, podem ter "sérias consequências", com Moscovo e Kiev a acusarem-se mutuamente dos ataques que têm fustigado esta estrutura nos últimos dias.

Rafael Grossi alertou que a situação na maior central nuclear da Europa é "grave" e pode ter sérias consequências.

O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica pediu ainda perante o Conselho de Segurança que se reuniu nesta noite em Nova Iorque que uma missão da agência que dirige tenha acesso "o quanto antes" ao local de modo a avaliar as condições de segurança.

Apesar de todos os membros do Conselho de Segurança terem apoiado esta missão, não há, por enquanto acordo, para a intervenção da Agência Internacional de Energia Atómica. Os Estados Unidos defenderam a criação de uma zona desmilitarizada à volta da central nuclear.

Estas acções perto de uma central nuclear tão grande podem ter sérias consequências, alertou Rafael Grossi.

Nos últimos dias, Zaporija foi fustigada com pelo menos cinco ataques relatados tanto por Moscovo como por Kiev, com os dois lados a culparem-se mutuamente pelos ataques nesta região. Zaporija tem seis reatores nucleares, gera quase metade da energia da Ucrânia e está entre as 10 maiores centrais nucleares do Mundo.

Do seu lado, o Presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia e o Mundo estão a sofrer uma "chantagem nuclear russa". Segundo as autoridades ucranianas, os combates continuam a apenas 100 quilómetros de Zaporija, havendo relatos de mortos e feridos devido aos bombardeamentos russos.ANG/RFI

 

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