Mali/Três dias de luto após
ataques que mataram dezenas de militares
Bissau, 11 Ago 22 (ANG)- As autoridades malianas decretaram três
dias de luto nacional, a partir de hoje, depois de dois ataques terroristas
terem morto dezenas de militares e polícias em todo país da África Ocidental.
O Exército disse que um
ataque no domingo na região norte de Gao matou 42 soldados.
Num comunicado, o
exército adianta que o ataque foi realizado por extremistas islâmicos que
usaram drones, artilharia e viaturas armadilhadas.
Também no mesmo dia,
cinco polícias foram mortos no sul do país, quando radicais atacaram uma
esquadra perto da fronteira com o Burkina Faso.
Três outros agentes
continuam desaparecidos, após a ofensiva à esquadra da polícia da fronteira de
Sona, disse o director-geral da polícia nacional, Soulaimane Traore.
Na segunda-feira,
terroristas do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, JNIM em árabe),
filiado na organização Estado Islâmico, reivindicaram a responsabilidade dos
ataques.
O Mali e os seus
parceiros internacionais têm lutado contra extremistas islâmicos há quase uma
década, e a situação revelou sinais de deterioração depois de a França ter
começado a retirar as suas tropas, após uma série de disputas com o Governo
maliano.
Em 2013, a França
liderou uma operação militar para expulsar militantes islâmicos do poder nas
principais cidades do norte do Mali.
Mas, os “jihadistas”
reagiram e começaram a realizar ataques no sul contra os militares e as forças
de paz da ONU.
O plano de retirada
francês surgiu depois de uma junta liderada pelo coronel Assimi Goïta ter
executado dois golpes num período de nove meses em 2020 e 2021 e da presença no
país do grupo para-militar russo Wagner. ANG/Angop
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