Moçambique /Presidente Nyusi diz
que há postos de combustíveis a financiar terrorismo
Bissau, 23 Ago
22 (ANG) - O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, denunciou, na
segunda-feira, que há proprietários de postos de combustível na província de
Sofala, no centro do país, que usam o negócio para lavagem de dinheiro e
financiamento ao terrorismo em Cabo Delgado, no Norte.
As declarações do chefe de Estado, Filipe Nyusi, foram feitas durante uma reunião com os conselhos executivo e de representação do Estado na província de Sofala, no centro do país.
“Há proliferação de bombas de
combustíveis na vossa província, não estou a proibir. Mas que usem métodos
legais (…) Temos informações de pessoas que usam estes meios para subsidiar os
terroristas”, denunciou Filipe Nyusi, num áudio recolhido pela agência
Lusa.
O Presidente acrescentou que alguns destes
empresários suspeitos de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo
encontram-se foragidos.
“Algumas pessoas, proprietários de
bombas de combustível, fugiram. Quando os fomos procurar, tinham desaparecido.
Eram donos de algumas bombas [postos de combustível]”, disse. Por
isso, o chefe de Estado pediu uma maior fiscalização da Autoridade Tributária e
do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
A província de Cabo Delgado, rica em gás
natural, é alvo, desde 2017, de ataques por rebeldes armados, alguns reclamados
pelo grupo autoproclamado Estado Islâmico.
O conflito provocou 784 mil deslocados
internos, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e
cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.
Há um ano, uma ofensiva das tropas
governamentais, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral, permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes.
Porém, a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como
passagem ou refúgio temporário.ANG/RFI
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