AG ONU/Presidente Umaro Sissoco Embaló exalta establidade política agora vivida na Guiné-Bissau e pede apoios para travar terrorismo em África Ocidental
Bissau,22 set 22(ANG) - O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo exaltou hoje nas Nações Unidas a estabilidade políica criada na Guiné-Bissau nos últimos dois anos mas salientou que os efeitos do contexto internacional não estão a favorecer o cabal desempenho do plano do desenvolvimento nacional.
"O contexto internacional não
favorece o cabal desempenho do plano de
desenvolvimento do país, sobretudo no que concerne à realização dos objectivos
do desenvolvimento sustentável.
Nós em África, estamos também
a sentir as consequências da guerra na Ucrânia que, infelizmente, está a
ter um grande impacto, em particular, no sector da energia e da agricultura”,
salientou.
Embalo afirmou que a inflação e o aumento dos preços dos cereais e outros produtos alimentares básicos, agravou, consideralvelmente consideravelmente, uma situação alimentar já bastante difícil.
“A Guiné-Bissau é um país
costeiro com uma grande parte insular. Temos feito muitos esforços no que
concerne a Mitigação e Adaptação. Almejamos que a COP27 seja um passo
determinante na definição e adoção de estratégias concretas para
minimizar os impactos negativos das alterações climáticas”, frisou.
Pediu a ajuda à comunidade internacional para travar
o avanço do terrorismo na África Ocidental e em toda a zona do Sahel.
“Permitam-me, na
qualidade de Presidente da Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo dos
Estados da África Ocidental, a CEDEAO, recordar que a nossa sub-região enfrenta
grandes desafios em matéria de segurança e que precisamos de paz para garantir
o desenvolvimento e o bem-estar das nossas populações, que constituem a nossa
primeira riqueza”, sublinhou.
Disse tratar-se de uma ameaça à paz e segurança
internacional que, para ser eficazmente combatida, deve necessariamente
envolver toda a comunidade internacional e a ONU, em particular.
A 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas
iniciou na terça-feira, 20 do mês em curso, com a presença dos líderes de todo
o mundo.
Os debates estão a ser marcados pela crise de
segurança causada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as crises
alimentar, energética e climática, e tensões China-Estados Unidos.
O chefe de Estado afirmu no seu discurso que a
estabilidade de grande parte do continente africano e da África Ocidental, em
particular, está ameaçada pela insegurança causada pelo terrorismo, bem como o
extremismo violento e a criminalidade transnacional que, no seu entender,
somaram as violações dos princípios do Estado de direito e da Democracia.
Recordou que a sub-região enfrenta grandes desafios
em matéria de segurança e que precisa de paz para garantir o desenvolvimento e
o bem-estar das suas populações, que “constituem a sua primeira riqueza”.
“A CEDEAO criou um quadro político, jurídico e
mecanismos estruturais para
a prevenção e resolução de crises políticas e institucionais, mas, contudo, os
desafios permanecem inúmeros e difíceis de resolver”, referiu.
Embaló, que também dirige a Aliança dos Líderes
Africanos contra a Malária (ALMA), disse que, de acordo com os dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS), 96 por cento dos casos globais de malária e
98 por cento das mortes por malária ocorrem em África, o que demonstra que o
continente não atingiu o objetivo traçado de reduzir a incidência e mortalidade
da malária em 40 por cento até 2020, uma etapa que considera fundamental para
eliminação da malária no continente Africano até 2030.
“Precisamos de tomar medidas adequadas para proteger a
todos, em todos os lugares, das doenças infecciosas. Gostaria de aproveitar
esta oportunidade para convidar todos os países, governos, doadores e
parceiros de desenvolvimento a contribuírem para o Reabastecimento do Fundo
Global. Juntos e de maneira solidária, podemos acabar com a malária de uma vez
por todas e salvar milhões de vidas humanas”, enfatizou.ANG/ÂC//SG
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