quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Rússia/Conselho distrital de São Petersburgo enfrenta dissolução após pedido de demissão de Putin

Bissau, 14 Set 22 (ANG) - Um grupo de políticos locais de São Petersburgo que pediu a demissão do presidente russo, Vladimir Putin, enfrenta uma possível dissolução do seu conselho distrital, na sequência da decisão de um juiz, na terça-feira, segundo revelou um dos deputados municipais envolvidos, citado pela Reuters.

Nikita Yuferev, deputado municipal em Smolninskoye (São Petersburgo), revelou que um juiz declarou como inválidas várias reuniões do conselho e abriu caminho para que um governador regional avançasse com a dissolução. 

Dmitry Palyuga, deputado do mesmo município, disse ainda que o mesmo tribunal o multou em 47 mil rublos, cerca de 776 euros, por “desacreditar” as autoridades ao pedir a demissão de Putin.

Outros políticos deverão comparecer a tribunal nos próximo dias. 

Recorde-se que, na semana passada, um grupo de deputados municipais de Smolninskoye avançou com uma resolução que pedia à Duma a destituição de Putin, com base numa acusação de alta traição devido à invasão da Ucrânia. A resolução foi aprovada pela maioria dos deputados municipais presentes.

Dmitry Palyuga, que agora foi multado, foi detido na altura. 

Esta resolução culminou recentemente com uma petição, assinada por deputados de vários distritos municipais de Moscovo, São Petersburgo, e outras regiões, na Rússia. A petição publica exige a demissão do presidente russo, por acreditarem que "as ações do presidente V. Putin prejudicam o futuro da Rússia e dos seus cidadãos". 

Já hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, deixou um aviso a estes deputados. “Os russos apoiam o presidente, e isso é confirmado pelo ânimo do povo... O povo está consolidado em torno das decisões do chefe de Estado. Quanto a outros pontos de vista, pontos de vista críticos, desde que estejam dentro da lei, isso é pluralismo, mas a linha é muito, muito ténue, é preciso ter muito cuidado", avisou, citado pela agência Reuters. ANG/Mundo ao Minuto

 

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