Economia familiar/Mulheres vendedeiras lamentam fraco poder de compra dos consumidores e suas consequências nas suas actividades
Bissau, 13 Out 22 (ANG)- As
Mulheres vendedeiras do mercado de Bandim em Bissau lamentaram as dificuldades económicas por que passam devido ao fraco
poder de compra de compradores de seus produtos.
Numa auscultação feita esta
quinta-feira pela repórter da ANG constatou-se que algumas até deitam fora os
seus produtos por falta de comprador.
Marta Sanca, de 38 anos de
idade, vendedeira de legumes disse que vende para apoiar o marido na educação
dos filhos, uma vez que o salário deste é muito pouco para as despesas da família.
“Infelizmente, atualmente,
não consigo obter lucros, porque não vendo
como antes. Os consumidores as vezes
carecem de meios para fazer as suas compras devido a conjutura mundial que também afecta a Guiné-Bissau”, lamentou.
Perguntado sobre o preço
elevado que os consumidores criticam, Marta respondeu que, realmente tiveram
que aumentar os preços para que possam ganhar algo, devido ao aumento
dos preços de tudo em consequència da situação de Covid-19 e da Guerra na
Ucránia.
N’pili Cá, de 40 anos,
vendedeira de Pipino disse que, anteriormente quando vendia algo, conseguia
comprar arroz e outros produtos para sua casa e que hoje em dia tem dificuldades em fazer isso, pelo facto de ter aumentado até o preço de
transportes públicos.
“Eu moro na região de Biombo, para chegar aqui
tenho que pagar 1000 francos CFA de transporte e mais 500fcfa para bacia de Pipino. Antes desta crise eu pagava 500 francos CFA de Quinhamel para Bissau. Tudo isso, fez com que
as dificuldades aumentassem cada vez mais comigo”, referiu aquela vendedeira.
Maimuna Djaló, de 27 anos de
idade, vendedeira de banana disse que, infelizmente só vende porque não tem
como fazer, e que as vezes acaba por jogar fora os seus produtos devido a falta
de clientes.
Questionado se não seria
melhor baixar os preços da banana que
vende para evitar prejuízos, disse que se vender a um preço baixo também não
vai lucrar nada, e que precisa do dinheiro para satisfazer as suas despesas.
Pono Mendes, de 45 anos de
idade, vendedeira de Pano de Pente disse que só vende pelo facto de ser viúva e
mãe de quatro filhos, porque não confia
no apoio de terceiros, “porque toda a
gente tem as suas despesas e necessidades”
“De momento, não vendo muito tal como vendia
anteriormente,.Tudo é difícil agora. Mas também não podemos culpar ninguêm,
porque em situações de deficuldades as pessoas elegem prioridades. Assim sendo, muitos
elegeram produtos alimentares como prioridade em detrimento de bens complementares”, disse Pono. ANG/AALS//SG
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