Covid-19/China regista em seis meses maior número de casos
Bissau, 07 Nov 22 (ANG) - As autoridades chinesas anunciaram, esta segunda-feira, o surgimento de 5.500 novos casos, a maior parte na província de Guangdong, no sul, um importante centro industrial. Este é o maior número de casos registados desde Maio.
Por outro lado, a cidade de Zhengzhou, no
centro do país - conhecida como a "i-Phone City" por acolher a
maior fábrica de i-Phones do mundo - continua confinada mas está a
funcionar a meio gás. Este domingo, em comunicado, a Apple avisou que vai haver
atrasos no fornecimento do i-Phone 14 Pro, numa altura crucial para as vendas,
a pouco mais de um mês do Natal. Desde Outubro que as instalações de Zhengzhou
são palco de um aumento do número de casos de covid-19.
A política de zero Covid e as restrições
sanitárias voltam a penalizar economicamente a China. Pela primeira vez em dois
anos, as exportações sofreram uma quebra em Outubro e também se registou um
recuo nas importações. De notar, ainda, que é na China que são fabricados 90 %
dos produtos da Apple e que o país é também um dos principais clientes do
grupo.
Este fim-de-semana, as autoridades
avisaram que as restrições são para continuar. A estratégia consiste em
confinar bairros e cidades após o aparecimento de casos, em realizar testes a
grande escala e em colocar de quarentena as pessoas positivas e quem chegue do
estrangeiro.
A população começa a mostrar sinais de descontentamento nas
redes sociais. As pessoas confinadas queixam-se que as portas principais dos
prédios são seladas para evitar qualquer saída, impedindo o acesso dos serviços
de socorro e a saída em caso de perigo de vida.
Por exemplo, o pai de um menino de três anos, asfixiado com monóxido de carbono, acusou as autoridades de o terem impedido de levar o filho ao hospital e a criança não sobreviveu.
ANG/
RFI
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