Função pública/Governo prevê novo recenseamento de funcionários públicos
Bissau,15
Nov 22(ANG) – O Governo através do Ministério das Finanças pediu apoio do Banco
Mundial para a realização de novo recenseamento dos funcionários públicos do
país de forma a permitir o executivo ter dados mais confiáveis e estancar a
subida da massa salarial.
Em
conferência de imprensa realizada hoje, o Assessor de Imprensa do Ministério
das Finanças, Bacar Camará explicou que a intenção do executivo foi manifestada
durante o encontro, segunda-feira, entre o ministro das Finanças e uma
delegação do Banco Mundial.
Afirmou
que atualmente são necessários a mobilização mensal de 80 por cento das
receitas fiscais para pagar os salários.
Disse
que, cada mês, regista-se um aumento do número de funcionários públicos através
de ingressos irregulares na administração pública, situação que diz ser
necessário estancar.
“Foi
nesse sentido que o Governo decidiu solicitar o apoio do Banco Mundial para a implementar
as reformas na administração pública com destaque para a realização do novo
recenseamento de funcionários públicos”, disse.
Bacar
Camará sublinhou contudo que, essa situação foi decorrente de vários anos e que
o atual Governo está a tentar adoptar medidas de travá-la sob pena de não vir a
conseguir pagar salários nos próximos tempos em consequência do disparo da
massa salarial”, frisou.
O
Assessor de Imprensa do Ministério das Finanças desmentiu as informações postas
a circular segundo as quais o Governo solicitou apoio do Banco Mundial para
pagar salários na Função Pública.
Afirmou
que, neste momento, a situação do Tesouro Público é confortável, salientando, a
título de exemplo, que algumas obras das vias rodoviárias da capital são
financiadas pelo Governo.
Disse
contudo que é urgente ter a situação da massa salarial controlada de forma a
permitir fazer investimentos noutros sectores, porque as receitas do Estado não
podem servir apenas para pagamento de salários.
Bacar
Camará informou que o recenseamento dos funcionários públicos efetuado
recentemente, não produziu os resultados desejáveis, frisando que o executivo
previa poupar pouco mais de mil milhões de francos CFA, mas que até ao momento apenas
se poupou 400 milhões fcfa.
“Isso
demonstra que ainda existem muitas irregularidades ao nível da Função Pública e que exigem a realização de um novo
recenseamento”, disse.
Perguntado
se existe um horizonte temporal para o início do novo recenseamento, Bacar
Camará disse que tudo depende da disponibilização do apoio solicitado ao Banco Mundial. ANG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário