Extinção dos partidos/ Líder do PUN acredita que Supremo Tribunal da Justiça vai revogar Despacho
Bissau, 09 dez 22
(ANG) – O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) acredita que o Presidente
do Supremo Tribunal da Justiça da Guiné-Bissau vai revogar o Despacho que
extinguiu mais de duas dezenas de partidos polítidos, alegando ser uma decisão
ilegal.
Reagindo hoje, em
conferencia de imprensa, mais vez ao
Despacho da Corte máxima da Justiça Guineense que extinguiu recentemente 28
formações politicas, Idriça Djaló disse que a decisão é assente no artigo 12, alinea b) da lei nº 4 de maio de 91 e que a
mesma foi extinguido ou seja eliminada pelo
artigo nº 5, no âmbito da sua revisão em
agosto do mesmo ano pelo legislador.
“Como nós sabemos, a
justiça não inventa as leis a aplicar, caso
haja litígios, mas sim, utiliza as leis aprovadas e publicadas no Boletim
Oficial para sustentar as suas decisões, aliás,
como faz o Presidente do Supremo Tribunal da Justiça”, explicou o líder
do PUN.
Por isso, disse ser
um “erro” que deve ser corrigido, pois, e como todos os seres humanos são falivéis, pelo que não tem dúvida de que o
Despacho vai ser revogado.
Acrescenta que, a sua
revogação não é um favor que Supremo vai fazer ao PUN e nem tão pouco as outras
formações politicas que foram extinguidas, mas sim, é a correção de um erro que
está a pejudicar “gravemente” alguns partidos, em particular o PUN.
Idriça Djaló criticou o silêncio da Assembleia
Nacional Popular(ANP) e dos partidos, chamados grandes, que estão no parlamento
e que eliminaram esta lei. Porque o
Despacho constitui uma violação “grave” do Estado de Direito e quando é assim
os partidos tem que ser mais proativos.
Sobre o inicio do
recenseamento eleitoral amanha, dia 10 do corrente mês, Idriça Djaló pede adesão massiva dos militantes e
simpatizantes do partido que lidera ao processo.
Justificou o pedido
com decisão do Supremo Tribunal, para evitar que alguns dos seus militantes
recusassem de se recensear por causa desse Despacho, pensando que o partido não
vai participar nas próximas eleições
legislativas.
Quanto há caducidade
da direcção da Comissão Nacional de Eleições, o líder do Partido da Unidade
Nacional responsabiliza a Assembleia Nacional Popular por esta situação, porque
os partidos com assento parlamentar não fizeram atempadamente o seu trabalho e
hoje tentam encontrar soluções “ ilegais
e inconstitucionais” como sempre.
Disse que, não é o papel da Comissão Permanente da ANP, nem
todos os partidos ou um grupo de partidos a encontrar solução do impasse que se
regista sobre a manutenção ou não da atual direção do órgão de gestão eleitoral
no país.
Ainda sobre essa
assunto, Idriça Djalo disse que, quem tem competência, poder e mandato de dirimir contradições e
interpretações entre diferentes atores politicos no país é o Supremo Tribunal
da Justiça, na veste do Tribunal Constitucional.
Para além disso, o
Presidente do PUN pediu ao Presidente da ANP a suspender audição dos partidos,
porque nem ele, nem os partidos e nem o Chefe de Estado podem resolver esta
situação a não ser o Supremo Tribunal da Justiça, na vestes do Tribunal
Constitucional.
Por isso, exortou a
classe politica a respeitar as instituições e o seu modo de funcionamento,
porque “não podem ter instituições para resolução dos problemas e que se há
problema ninguém fala dessa entidade que deve dirimir o conflito. ANG/LPG/ÂC
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