Política/”Supremo Tribunal da Justiça não tem poder para extinguir partidos politicos”, afirma José Paulo Semedo
Bissau, 05 dez 22
(ANG) – O líder do partido Movimento Patriótico(MP), afirmou que o Supremo
Tribunal da Justiça(STJ), não tem
competências para pronunciar sobre a extinção dos partidos politicos, aliás
nenhum órgão do Estado tem esse poder.
Porque, segundo o
politico a alínea b) do nº 1 do artigo 12/1991 que deu poderes ao STJ sobre
essa matéria foi eliminada pela lei nº 4 do artigo 5 da lei de Quadros dos Partidos
em agosto do mesmo ano, no âmbito da sua revisão.
“Pelo que o Supremo
Tribunal não pode obrigar qualquer
partido a apresentar prova de pelo menos 1000 militantes ou associados e
Sede nacional e que essa decisão cabe aos militantes aprovar a extinção do
partido através da realização duma reunião para esse fim”, esclareceu Presidente
do Movimento Patriótico.
Perante esta situação,
José Paulo Semedo voltou afirmar que o Supremo Tribunal não tem competênias para o efeito, por isso disse que
o Despacho está suspenso, salvo se os dirigentes do partido cometerem um crime
no exercicio politico e no final do processo o partido pode ser extinto.
Disse que a
relevância de uma formação politica não é justificada pelo número das pessoas
que leva para o Supremo Tribunal, mas os votos que são obtidos nas urnas.
Nesta conferência de
imprensa de esclarecimento sobre situação juridica do Movimento Patriótico,
disse que a medida do STJ está a prejudicar o partido, porque adversários politicos
estão mobilizar seus militantes a militar-se em outras formações politicas.
José Paulo Semedo aproveitou a ocasião para
anunciar o dia 18 deste mês como a nova data para realização do Congresso do
partido com 40 delegados, que estava previsto para dia 26 de novembro, mas
devido a decisão do Tribunal não foi realizado na data inicial.
Perguntado em como vão
organizar o Congresso sem receber o aval do Supremo Tribunal de Justiça, disse
que recepção da reclamação do partido demonstra
que a decisão está suspensa pelo que o Congresso
vai ter lugar no dia 18 de dezembro e caso o resposta não for favorável é claro
que vão usar todos os mecanismos ao seu alcance para resolver a situação.
Contudo isso, José
Paulo Semedo acredita que o Supremo Tribunal da Justiça vai tomar uma decisão
certa.
Instado sobre a
alegada caducidade da Direção da Comissão Nacional de Eleições, o líder do MP
prometeu falar do assubnto no momento oportuno, porque até agora o partido
ainda não debruçou sobre o assunto. ANG/LPG/ÂC
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