sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Greve no Jornal Nô Pintcha /Funcionários põem termo à greve de três dias sem acordo com a direcção

Bissau, 13 jan 23 (ANG) – Os Funcionários do Jornal Nô Pintcha põem termo à greve de três dias, que decorreu de 10 à 12  do mês em curso,  sem acordo com a direcção do  mesmo jornal que satisfaça as reivindicações.

Mesmo assim, em declarações hoje à ANG, o Presidente do Sindicato de Base do Jornal Nô Pintcha, Seco Baldé Vieira  diz que o balanço das reivindicações é positivo.

A greve não impossibilitou  que a direção do órgão colocasse nas bancas mais uma edição do jornal, o nº 2776, mas Baldé Vieira diz que aconteceu num formato não habital, e que  os leitores mais atentos vão perceber que houve mistura entre os anúncios e noticias,  algo que  diz, “não acontece  antes da greve”.

Baldé Vieira ainda sustenta que os efeitos da greve foi sentida e que levantou preocupações ao nível da direção do órgão,  e que ,para além disso, registou o que ele  considera de “fuga” do Director-geral para Portugal.

Contactado pela ANG, Abduramane Djaló confirmou que viaja hoje para Lisboa com devidas autorizações superiores, para tratamento médico.

Seco Baldé Vieira críticou que o diretor deveria dar mais atenção as questões levantadas pelo sindicato de base do jornal suspendendo a viagem,mas que optou por fazer ao contrário.

Instado a falar sobre as condições mínimas para pôr fim as reivindicações, Baldé Vieira disse que  propõe a direcção, entre outros,  apresentação das Contas do Exercício que começa de Maio de 2020 à Dezembro de 2022.

Perguntado se durante a greve houve uma negociação com a direção do jornal, o presidente do sindicato disse que sim, mas sem nenhum resultado, porque   entendeu-se que os pontos que constam no caderno reivindicativo não são da competência do sindicato.

“Mas, isso não é verdade, porque tenho uma experiência muito alagarda no sindicalismo e fiz uma carreira no jornal, além dos cargos que desempenhei, portanto sei quais são as competências do sindicato e dos pontos a abordar”, disse.

Baldé Vieira diz que a direção do jornal estatal tem até ao próximo dia 16 de Janeiro para voltar a sentar-se a mesa com o sindicato, para que  “soluções amigáveis”para as reivindicações sejam encontradas.

 “Caso contrário vou  denunciar a má gestão dos fundos do jornal, através de uma conferência de impresna, seguida de trasmissão de informações e provas ao Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ao Vice primeiro-ministro  Soares Sambu, ao Presidente da República e ao ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonça, sobre o “nivel de Corrupção” que existe no jornal”, diz Baldé.

Para além disso, de acordo com Seco Baldé Vieira, na qualidade de presidente do sindicato de base vai  pedir  ainda abertura de um processo judicial contra a atual gestão do jornal Nô Pintcha.

“Nós não vamos permitir que jornal vá a falência, porque somos trabalhadores, caso o jornal declarar falência, nós os funcionários é que seremos os prejudicados não o director, pelo que não vamos aceitar que nos tire o emprego”, concluiu Seco Balde Vieira, ex-redactor-chefe do Nô Pintcha.

O comité sindical de base dos trabalhadores do jornal Nô Pintcha reivindica entre outrosa a exigência a direcção que diligencie no sentido de adquirir máquina de impressão e de corte de papel, disponibilizar o valor de um milhão de francos CFA (1.000.000 XOF), conforme foi acordado em assembleia-geral dos trabalhadores para a criação do Fundo Social do  Jornal. 


A
uniformização de  “Cabaz de Festa” e  a fixação de um  valor à atribuir aos funcionários para a quadra festiva do Natal, do Ano Novo, Páscoa, Ramadão e Tabaski, foram outros pontos constantes no caderno reivindcativo.

 ANG/LPG/ÂC//SG

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