Portugal/Associação
de Hotelaria pede aplicação efectiva do acordo de mobilidade da CPLP
Bissau, 02 Fev 23(ANG) – A presidente da Associação de Hotelaria de Portugal pediu que o efectivo funcionamento do Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para facilitação da atribuição dos vistos aos trabalhadores.
Cristina Cisa Vieira falava terça-feira no programa “Tudo é Economia” na
RTP3, tendo afirmado que a taxa de ocupação dos hotéis e alojamentos para a
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece de 01 a 06 de Agosto, em
Lisboa, com a presença do Papa Francisco, ronda já os 100 por cento (%).
Segundo essa presidente, o sector tem
capacidade de resposta, mas terá que contratar os cerca de 45 mil trabalhadores
que foram despedidos durante a pandemia, frisando que essa ocupação “traz
também uma pressão grande sobre a operação hoteleira”.
“Temos capacidade de resposta, mas isso vai
exigir, ainda assim, umas questões logísticas importantes, o reforço dos
recursos humanos e daí, também, a Associação da Hotelaria de Portugal ter vindo
a reforçar a extrema necessidade de que o acordo da CPLP para a facilitação de
vistos de trabalho, etc, esteja efectivamente a funcionar”.
O Acordo sobre a Mobilidade entre os
Estados-Membros da CPLP foi assinado em 17 de Julho de 2021, em Luanda, durante
a 13.ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP e visou criar e
facilitar a mobilidade entre os países da comunidade, através da adopção de um
regime mais simples de emissão de vistos.
O acordo estabelece um “quadro de cooperação”
entre todos os Estados-membros de uma forma “flexível e variável” e, na
prática, abrange qualquer cidadão e em Portugal, entrou em o novo regime de
entrada de imigrantes em Portugal, que prevê uma facilitação de emissão de
vistos para os cidadãos da CPLP, no âmbito do Acordo sobre a Mobilidade entre
Estados-membros nomeadamente para procura de trabalho.
Para além desse novo regime, assinou com Cabo
Verde o acordo laboral, com consequência imediata na vinda de trabalhadores de
vários sectores de actividade, nomeadamente construção civil, transporte,
hotelaria e turismo.
A CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
A JMJ 2023, promovida pela Igreja Católica,
deve contar com a participação de mais de um milhão de jovens de todo o mundo,
entre Loures e Lisboa, para além de 20.000 e 30.000 voluntários para
acompanharem os participantes que se vão distribuir, em termos logísticos,
pelas dioceses de Lisboa, Setúbal e Santarém.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma,
tendo depois passado pelas cidades de Buenos Aires (1987), Santiago de
Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris
(1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid
(2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019). ANG/Inforpress
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