Washington/EUA condenam antigo governador mexicano a nove anos de prisão
Bissau, 17 Mar 23 (ANG) - Um tribunal dos Estados Unidos condenou Tomás Yarrington Ruvalcaba, antigo governador do estado de Tamaulipas, no nordeste do México, a nove anos de prisão por corrupção, anunciou o Departamento de Justiça norte-americano.
De acordo com um
comunicado, Yarrington admitiu ter aceitado 3,5 milhões de dólares (3,3 milhões
de euros) em subornos, com os quais comprou imobiliário nos Estados Unidos,
aviões particulares e carros de luxo.
Yarrington, de 66 anos,
que governou o estado fronteiriço entre 1999 e 2005, foi preso em Abril de 2017
em Itália, quando estava a viajar com documentos falsos, e foi extraditado para
os Estados Unidos no ano seguinte.
O candidato à
presidência do México em 2005 foi condenado na quarta-feira por Rolando Olvera,
um juiz federal do estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, e será deportado
após cumprir a sentença, disse o Departamento de Justiça.
Yarrington conseguiu uma
redução da pena após um acordo com o Ministério Público, após se declarar
culpado, em Março de 2021, de um dos 11 crimes pelos quais foi indiciado, em
troca do pagamento de uma multa no valor de milhões de dólares, avançou o
jornal El Universal.
A sentença "conclui
uma investigação internacional de vários anos, com várias agências, que abrange
dois continentes e termina levando um político corrupto à justiça", sublinhou
o procurador do Distrito Sul do Texas.
"Mesmo que seja o
governador de um estado mexicano, não ficaremos de braços cruzados se usar a
sua posição para encher os bolsos indevidamente e violar as leis dos Estados
Unidos", disse Alamdar Hamdani, citado pelo jornal Proceso.
Em 2012, a agência
norte-americana anti-droga (DEA) apresentou uma queixa no Texas, alegando que
os líderes dos cartéis de tráfico de droga tinham pagado milhões de dólares em
subornos a membros do Partido Revolucionário Institucional (PRI), incluindo
Tomás Yarrington.
Na altura, Yarrington e
dois outros antigos governadores, também do PRI, Manuel Cavazos e Eugenio
Hernández, reconheceram que estavam a ser investigados.
O PRI acusou o partido
rival que governava então o México, o Partido da Acção Nacional, de manipular a
justiça criminal em seu proveito.
Dias antes de a acusação
ser formalizada, o então candidato presidencial do PRI, Enrique Peña Nieto,
apareceu num comício em Tamaulipas, de mão dada com Cavazos, numa demonstração
pública de apoio ao antigo governador, que estava a disputar um lugar de
senador. ANG/Angop
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