Educação/SINAPROF exige ao governo a liquidação de 85% das dívidas com professores
Bissau, 17 Abr 23 (ANG) – O
Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), iniciou uma greve de 5 dias,(17
à 21) do mês corrente, exigindo ao Governo a satisfação de, pelo menos, 85% das reivindicações relacionadas à dívidas
aos professores, e 100 por cento das reivindicações relacionadas à questões
administrativas.
O Presidente do referido sindicato,Domingos Carvalho, em entrevista exclusiva concedida esta segunda-feira à Agência de Notícias da Guiné(ANG), disse que, no caderno reivindicativo entregue ao governo constam 19 pontos, e dentre os quais, exigem o pagamento das dívidas e melhoria das condições de trabalho aos professores, sobretudo no que tem a ver com a higiene, segurança no ambiente escolar, produção de materiais didáticos para os professores e alunos, e aquisição de secretárias para professores.
Domingos Carvalho disse
ainda que a sua organização está a exigir o pagamento de dois meses da dívida
salariais referentes à grelha salarial diferenciada (carga horária) aos
professores beneficiários, cujo o valor disponibilizado e confirmado pelo
governo através do Primeiro-ministro é de 500.000.000,00 FCFA.
De acordo com Carvalho, o
SINAPROF ainda está a reivindicar o pagamento progressivo dos restantes meses
referentes à carga horária, que diz ter sido “subtraída ilegalmente” pelo
ex-Primeiro-ministro, Aristides Gomes, em 2019 até Março de 2023.
“Queremos a aplicação na
íntegra do Estatuto da Carreira Docente sem descriminação na atribuição dos
subsídios de giz e isolamento, contagem do ano de serviço que se aplica no pagamento
de diuturnidade”, frisou, sustentando que reivindicam ainda a revisão dos currículos
escolares em todos os níveis e harmonização dos conteúdos, progressão e
reclassificação dos professores segundo o Estatuto da Carreira Docente.
Avançou que o pagamento de
retroativos aos professores reclassificados que saíram em diferentes anos e
escolas de formação de professores, conclusão de pagamento aos professores
contratados e novos ingressos do ano letivo 2018/2019; 2019/2020; 2020/2021 e
2021/2022 nos diferentes bancos, e conclusão de efetivação dos professores de
novos ingressos do ano letivo 2019/2020 e 2020/2021 e sua publicação são os
pontos constados no caderno reivindicativo entregue.
Carvalho acrescentou a exigência
de conclusão do pagamento de retroativo aos professores afetados pelo Despacho
do ex-Primeiro-ministro, Carlos Correia, datado de 13 de Maio de 2016, a redução
do número dos alunos nas salas de aulas para 36
entre outras.
Aquele responsável disse que
fizeram muitas diligências a fim de
evitar a paralisação no setor educativo, e diz que, inclusive, tomaram a
iniciativa de envolver as organizações parceiras do setor e outras vocacionadas na resolução de
conflitos sociais e políticos, nomeadamente, a Associação dos Pais e Encarregados
da Educação, Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau,
Movimento da Sociedade Civil e Carta-21.
Citou ainda outras
organizações, que segundo diz, são importantes na resoluções de conflitos
sociais e políticos, como, Líderes Religiosos (Padres, Imames, Pastores) e a
Rede Nacional das Associações das Escolas Privadas.
Domingos Carvalho disse que
o sindicato tem vontade e interesse ao “diálogo aberto e franco” com o governo.
Apela a adesão massiva dos professores a greve “sem medo de nada e de ninguém”, e diz
que o SINAPROF está treinado para
defender, na mesa negocial, tudo que pode prejudicar os professores em greve.
Carvalho declarou que caso não houver nenhuma evolução durante estes
primeiros dias de greve, vão continuar a luta. ANG/DMG/ÂC//SG
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