Irão/Vinte
mulheres hospitalizadas depois de envenenamento em escola
O
segundo envenenamento desde que o ano letivo recomeçou aconteceu no instituto
da cidade de Tabriz, no noroeste do país, onde as alunas mostraram sinais de
dificuldade respiratória, segundo noticiaram os meios de comunicação estatais.
A
agência oficial de notícias do país, IRNA, divulgou que as vítimas receberam o
tratamento necessário e que já tiveram alta hospitalar.
Este
é o segundo caso de envenenamento depois das interrupções para a celebração do
feriado de Ano Novo persa, segundo deu nota o jornal Etemad.
O
primeiro caso ocorreu numa escola secundária na cidade de Naqdeh-ye, no
Curdistão, onde os alunos descreveram sintomas como tonturas, náuseas e dor de
cabeça.
O
acontecimento chegou a ser noticiado por jornais reformistas como o jornal
Shargh, mas todas as notícias que faziam referência ao ocorrido foram mais
tarde retiradas dos sites, disse o jornal Etemad na mesma peça.
Dados
fornecidos pelo parlamentar Mohamad-Hassan Asafari, membro de uma comissão
criada para investigar os envenenamentos, indicam que cerca de 5.000 alunas já
foram vítimas de uma onda de intoxicações por gás que começou em novembro de
2022.
Hassan
Asafari afirmou que o Governo iraniano prendeu, até ao momento, mais de 100
pessoas pela suposta responsabilidade pelos envenenamentos, atribuídos a
inimigos do país.
Os
envenenamentos aconteceram depois de protestos feministas, nos quais alunas de
vários institutos do país retiraram os véus e fizeram gestos de desprezo em
frente a retratos do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah
Khomeini.
ANG/Inforpress/Lusa
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