Rússia/Chefe do grupo paramilitar Wagner assegura controlar 80% de Bakhmut
Bissau,12 Abr 23(ANG) – O chefe do grupo paramilitar privado Wagner, Yevgeny Prigojin, assegurou hoje que as suas forças controlam mais de 80% da cidade ucraniana de Bakhmut, após as tropas regulares russas terem reforçado os flancos do cerco parcial.
“Estamos totalmente
concentrados em Bakhmut, e hoje prosseguimos as missões de combate. A maior
parte, mais de 80%, está sob nosso controlo, incluindo todos os centros
administrativos, fábricas, a administração da cidade”, afirmou num vídeo
difundido na sua conta Telegram.
Prigojin assinalou que
as forças ucranianas ainda controlam “uma parte dos bairros residenciais da
cidade, onde há edifícios convertidos em zonas fortificadas e onde existem
túneis por debaixo desses edifícios”.
“Apenas nos falta
controlar essa parte de Bakhmut”, afirmou o líder do grupo privado ao apontar
para uma zona assinalada num mapa, e quando esta cidade da região do Donbass se
tornou no epicentro da campanha militar russa no leste da Ucrânia.
O chefe da Wagner também
assinalou que estes avanços apenas foram possíveis “após o Ministério da
Defesa, incluindo Forças Aerotransportadas russas” terem assumido a protecção
dos flancos direito e esquerdo das zonas ocupadas pelos mercenários russos.
“De momento, estão a
organizar a defesa e preparados para acções ofensivas em caso de necessidade”,
indicou.
Segundo Prigojin, as
localidades ucranianas adjacentes que até ao momento “foram alvo de ataques da
Wagner, ficam sob a responsabilidade das Forças Aerotransportadas e outras
unidades de defesa”.
Na segunda-feira, o líder
interino russófono da república separatista de Donetsk, Denis Pushilin,
assegurou que as tropas russas controlavam “mais de 75% de Bakhmut”, mas
admitiu que no oeste da cidade decorriam violentos combates.
A ofensiva militar russa
no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a
Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa –
justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de
“desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi
condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com
envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e
económicas. ANG/Inforpress/Lusa
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