Angola/UA quer maior empenho dos
Estados contra corrupção
Bissau, 01 Jun 23 (ANG)
- O vice-presidente do Conselho Consultivo da União Africana (UA) contra a
Corrupção (AUABC), Pascoal Joaquim, defendeu, quarta-feira, em Luanda, o lançamento de
premissas de desenvolvimento sustentável para salvar o continente africano da
corrupção.
O magistrado, de
nacionalidade angolana, falava na Conferência Regional sobre Combate à
Corrupção, que reúne os países membros da Comunidade para o Desenvolvimento da
África Austral (SADC) em torno das prioridades anticorrupção.
Enfatizou que o fenómeno
da corrupção, um mal social e a combater com veemência, está identificado como
uma das causas do não desenvolvimento das sociedades, em particular de
África.
Compreendendo as nações
e o fantasma que é a corrupção, sublinhou que há algumas décadas foram
desenvolvidos alguns esforços para assegurar a sua prevenção e o seu
combate.
Defendeu, na ocasião, a
implementação de políticas eficazes nos diferentes Estados africanos para a
prevenção e combate à corrupção nos mais diversos níveis, dando nota positiva à
realização da Conferência Regional sobre o combate a esse mal.
"Na qualidade de
representantes da AUABC, a quem compete coordenar e harmonizar as políticas e
legislações entre os Estados-Parte, com objectivo de impedir, detectar e
erradicar a corrupção, congratulamo-nos com o feito".
Disse estar esperançoso
de que unidos e de mãos dadas os países africanos possam caminhar para a
mitigação deste fenomeno instalado pelos humanos.
Lembrou que a Convenção
das Nações Unidas e da União Africana (UA) contra a corrupção destacam a
cooperação internacional como uma das finalidades primárias na luta contra o fenómeno.
A convenção da UA sobre
o combate à corrupção foi adoptada a 11 de Julho de 2003, em Maputo Moçambique,
por ocasião da realização da segunda sessão ordinária da Assembleia da União
Africana (para Chefes de Estado e de Governo).
A Convecção entrou em
vigor aos 5 de Agosto de 2006, trinta dias após o depósito de 15 instrumentos
de ratificação.
Pascoal Joaquim fez
saber que dos 55 países que integram o continente africano, 48 ratificaram o
documento e apenas sete ainda não o fizeram.
Adiantou que estão em
curso missões de sensibilização junto desses Estados e acredita que até ao
próximo dia 11 de Julho deste ano, que será o dia da comemoração da adopção
desta convenção, o número seja reduzido.
Pascoal António Joaquim
foi eleito vice-presidente do Conselho Consultivo da União Africana contra a
Corrupção (AUABC) em 2021 e reconduzido este ano de 2023, numa sessão do
Conselho Consultivo da União Africana contra a Corrupção (AUABC). ANG/Angop
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