Legislativas
antecipadas/Coligação
PAI-Terra Ranka pede maior “mobilização” e “determinação” aos guineenses
Bissau, 02 Jun 23 (ANG) – O
líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) – Terra Ranka, Domingos
Simões Pereira, pediu hoje maior “mobilização” e “determinação” aos guineenses
e lamentou comportamentos que não fazem parte do jogo das eleições
legislativas.
“O que se exige de todos os
guineenses é maior mobilização e maior determinação. Nós temos tradição na
Guiné de que as eleições são de facto uma festa da democracia, mas quando as
partes, os participantes sabem respeitar a divisão”, afirmou à Lusa Domingos
Simões Pereira.
O líder da PAI – Terra Ranka
falava à Lusa momentos antes do início do comício da coligação que encerrou a
campanha eleitoral de 21 dias para as legislativas de domingo e que juntou
milhares de pessoas no campo Rádio, no Bairro Militar.
“Desta vez, nós tivemos
intervenções que não são corretas, não fazem parte deste jogo, o Presidente da
República não é chamado a uma eleição legislativa e quando decide entrar e da
forma como entrou está a tentar adulterar as regras do jogo e o povo tem de
saber responder a isso”, afirmou Domingos Simões Pereira, com dezenas de
apoiantes femininas a gritar o seu nome.
O também líder do Partido
Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) referia-se às
várias intervenções do chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, durante
a campanha eleitoral, incluindo que não o irá nomear primeiro-ministro caso
vença as legislativas.
O PAIGC venceu as eleições
legislativas de 2019, mas o antigo Presidente José Mário Vaz também recusou
nomear Domingos Simões Pereira primeiro-ministro.
O Presidente Sissoco também
marcou presença durante a campanha eleitoral nos cartazes utilizados pelo
Movimento da Alternância Democrática (Madem-G15), partido que está no Governo e
que ajudou a fundar, o que foi bastante criticado por vários partidos da
oposição, incluindo a PAI – Terra Ranka.
“Penso que os partidos e
neste caso concreto o Madem que aceitou esse patrocínio deve ser sancionado, se
não for sancionado pelo Supremo Tribunal de Justiça, deve ser sancionado pelo
povo, porque o povo deve reconhecer que são partidos que não têm cultura
democrática, isto é condenável e isto é muito grave”, afirmou Domingos Simões
Pereira.
Em relação à campanha
eleitoral, o líder da coligação PAI – Terra Ranka disse que se focalizou no
programa que propõe caso seja Governo.
“Nós consumimos os 21 dias
de campanha a falar do nosso programa, a convocar os guineenses para o amanhã
que queremos construir e nós acreditamos que é isso que os guineenses esperam
de nós”, afirmou Domingos Simões Pereira.
Os guineenses responderam à
chamada da PAI – Terra Ranka e juntaram-se aos milhares no campo Rádio
devidamente trajados e sem dúvidas sobre em quem vão votar no domingo.
“Apoio o PAI pela
independência, pela liberdade expressão, por tudo. É PAI de PAIGC”, afirmou
João Ferreira Júnior, salientando que Domingos Simões Pereira “vai haver
escola, vai haver tudo”.
Sentada juntamente com
outras apoiantes, Maria Isabel Teixeira disse à Lusa que apoia a PAI porque
está cansada.
“Estamos mal nesta terra com
porrada, fome e tudo”, afirmou Maria Isabel Teixeira, que prontamente se
levantou quando começou a tocar o hino do PAIGC, cantado pelos apoiantes.
Duas coligação e 20 partidos
disputam domingo as sétimas legislativas da Guiné-Bissau. ANG/Lusa
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