Moçambique /MDM denuncia anomalias
no recenseamento eleitoral
Bissau, 21 Jun 23 (ANG) -O líder do MDM, a terceira força política de Moçambique, Lutero Simango denunciou
anomalias no processo de recenseamento eleitoral, concluído a 3 de Junho.
Lutero Simango expôs a sua insatisfaçao ao Presidente moçambicano, Filipe
Nyusi, num encontro realizado esta segunda-feira.
O líder do Movimento Democrático de Moçambique, terceira força
parlamentar, manifestou a sua insatisfação com anomalias registadas no
recenseamento eleitoral num encontro com o chefe de Estado moçambicano.
“Aproveitámos a oportunidade para manifestar a nossa preocupação
com a forma como o recenseamento eleitoral foi conduzido”, afirmou Lutero Simango,
num áudio registado pela agência Lusa, depois de ter sido recebido pelo
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
Em causa, estão as queixas dos partidos políticos de oposição
sobre alegadas anomalias no recenseamento eleitoral, terminado a 03 de Junho.
“Nós apresentámos dois exemplos concretos: o exemplo do director
do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral na Beira [suspenso após
denúncias de ilícitos eleitorais que prejudicavam a oposição] e também a
distribuição desproporcional dos postos de recenseamento eleitoral”, declarou Lutero Simango.
Moçambique registou mais de oito milhões de eleitores para as
eleições autárquicas de 11 de Outubro, de acordo com o Secretariado Técnico da
Administração Eleitoral.
Lutero Simango e Filipe Nyusi também abordaram o terrorismo em
Cabo Delgado e o encerramento, na semana passada, da última base do braço
armado da Renamo, na Gorongosa, no âmbito dos acordos de paz.
Em resposta, o Presidente moçambicano declarou: “Nós tomámos notas
sobre as sugestões dele [Lutero Simango] e também foi uma oportunidade para
explicarmos algumas coisas sobre estes processos […] As boas ideias não têm
cores políticas, eu disse isso em 2015 e estas ideias surgiram aqui.” ANG/RFI
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