China/ Lançada plataforma de doutrinação
do Partido Comunista para jornalistas
Bissau, 04 Jul 23 (ANG) – As autoridades
chinesas lançaram uma nova “plataforma de formação” personalizada para instruir
os profissionais da comunicação social na visão marxista do Partido Comunista
Chinês (PCC) sobre jornalismo e conceitos de liderança, noticiou hoje a
imprensa local.
Segundo
vários meios de comunicação chineses, a aplicação intitula-se “Instituto
Universitário da Casa dos Jornalistas” e foi lançada a 30 de junho.
A
plataforma, com mais de 220 cursos, centra-se na transmissão da doutrina de
imprensa do PCC e no acompanhamento do progresso dos jornalistas, bem como na
certificação dos resultados da formação.
Os
cursos vão desde tópicos fundamentais, como o controlo da imprensa pelo PCC e
os conceitos de liderança de Xi Jinping, a aspetos mais práticos, incluindo
vídeos instrutivos de jornalistas veteranos do PCC sobre conceitos políticos
fundamentais.
Segundo
o China Media Project, um programa de investigação independente com sede em
Taiwan, um dos principais objetivos da aplicação é promover a formação de
jornalistas "influentes" para trabalharem a sua influência pessoal
nas redes sociais, a fim de "orientar" a opinião pública.
O
projeto dá também ênfase à "fé política" no PCC como base da
segurança ideológica e aborda a estratégia para lidar com a batalha da opinião
pública global em plataformas estrangeiras, como o Twitter e o Facebook.
Na
cerimónia de lançamento da aplicação, a 30 de junho, He Ping, presidente da
Associação de Jornalistas de Toda a China (ACJA), afirmou que a plataforma será
crucial para "reforçar a espinha dorsal" dos jornalistas chineses e
"armá-los" com os conceitos do governo de Xi Jinping.
A
iniciativa ilustra o esforço das autoridades chinesas para expandir o controlo
ideológico sobre os meios de comunicação social e a opinião pública do país.
Em
maio passado, o último relatório sobre a liberdade de imprensa elaborado pela
organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que classificou
a China em 175.º lugar entre 180 países, afirmava que o gigante asiático
"está a realizar uma campanha de repressão contra o jornalismo e o direito
à informação em todo o mundo". ANG/Lusa
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