EUA/ Autorizado uso de novo medicamento que retarda síntomas de Alzheimer
Bissau, 07 Jul 23 (ANG) - O regulador norte-americano do
medicamento (FDA - Food and Drug Administration) concluiu quinta-feira a
autorização do uso de um novo fármaco que retarda os sintomas da doença
neurodegenerativa de Alzheimer, ao verificar a sua eficácia num ensaio clínico.
O fármaco “lecanemab”, que vai receber o nome comercial de Leqembi, foi desenvolvido pela farmacêutica japonesa Eisai, em colaboração com
a americana Biogen.
Justificando a
autorização completa do fármaco, a directora interina do Departamento de
Neurociências do Centro de Avaliação e Investigação de Medicamentos da FDA,
Teresa Buracchio, refere, citada em comunicado, que um último ensaio clínico
confirmou que o Leqembi "é seguro e eficaz" para doentes de
Alzheimer.
O ensaio clínico, que
envolveu 1.800 doentes, demonstrou uma "redução significativa" da
deterioração cognitiva, permitindo quinta-feira a aprovação completa do
medicamento depois de uma aprovação preliminar em Janeiro, de acordo com a FDA.
O regulador
norte-americano admitiu, no comunicado, que o novo medicamento pode gerar
efeitos secundários como dor de cabeça ou inflamação e hemorragias no cérebro,
que desaparecem com o tempo, em casos raros, podem ser fatais.
A FDA desaconselha o uso
de Leqembi, administrado por via intravenosa, em doentes que tomam medicação
anticoagulante, uma vez que aumenta o risco de hemorragias cerebrais.
O medicamento deve ser
prescrito a pacientes com degradação ligeira das funções cognitivas e em
estádios precoces da doença.
Um outro fármaco
desenvolvido pelas mesmas farmacêuticas contra as fases iniciais da doença de
Alzheimer, o Aduhelm, já tinha sido autorizado pela FDA.
Contudo, a decisão foi
criticada por especialistas face à falta de provas sobre sua eficácia.
Em Abril de 2022, a
Biogen retirou o pedido de autorização de introdução no mercado do Aduhelm na
Europa.
A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência,
caracteriza-se pela degradação global, progressiva e irreversível de diversas
funções cognitivas, como memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento. ANG/Angop
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