Covid-19/China
deixa de exigir teste negativo a quem viaja para o país
Bissau,
28 Ago 23 ANG) – A China vai deixar de exigir a partir de quarta-feira um teste
negativo para a covid-19 aos viajantes que chegam do exterior, anunciou hoje
fonte do Governo chinês.
A
medida inclui ambos os testes antígeno e de ácido nucleico, esclareceu o
porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático, Wang
Wenbin.
Com
este anúncio, desmonta-se um dos últimos vestígios da política de ‘zero casos’
de covid-19, embora, nos últimos meses, as autoridades alfandegárias tenham
deixado já de verificar os resultados dos testes a quem chegava ao país. As
companhias aéreas deixaram também de pedir teste no embarque.
A
China aboliu, em dezembro passado, a política de zero casos de covid-19, que
incluía o bloqueio de cidades, durante semanas ou meses consecutivos, sempre
que era detectado um surto, e a imposição de um período de quarentena até 21
dias a quem chegava do exterior, em hotéis designados pelo governo.
As
restrições resultaram no abrandamento da atividade na segunda maior economia do
mundo e acabaram por ser desmanteladas, após raros protestos ocorridos em
várias cidades do país.
Um
estudo financiado pelo governo dos EUA este mês apurou que o desmantelamento
abrupto da estratégia pode ter levado a quase dois milhões de mortes em
excesso, nos dois meses seguintes. Este número excede em muito as estimativas
oficiais de 60.000 mortes, difundido um mês após o levantamento das restrições.
Em
janeiro, o país retirou os requisitos de quarentena para quem chega do
estrangeiro e, nos últimos meses, expandiu gradualmente a lista de países para
os quais as agências de viagem chinesas podem organizar visitas em grupo e
aumentou o número de voos internacionais.
Este
mês, a China incluiu a Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e
Príncipe, países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), num terceiro
lote de destinos para onde vai permitir viagens de turismo em grupo.
Portugal
foi incluído num lote anterior, em março passado, assim como Brasil, França ou
Espanha. ANG/Inforpress/Lusa
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