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Níger/CEDEAO pretende ativar “Força de Alerta” para restabeler ordem constitucional no Níger

Bissau, 11 Ago 23 (ANG) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pretende ativar com urgência a sua “Força de Alerta” no sentido de restabeler a ordem constitucional na República do Níger, devido o ato de Golpe de Estado que sofreu no passado 26 de Julho findo.

A informação consta no Comunicado Final da Cimeira extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO realizada quinta-feira em Abuja, para procurar soluções concernente à golpe de Estado do Níger. à que a ANG, teve acesso hoje.

“A CEDEAO  pretende instituir  urgentemente o  Comité de Chefes de Estado-maior da Defesa para ativar, sem demoras, a sua  Força de Alerta, com todos os seus elementos e também para ordenar o destacamento da mesma Força no que concerne ao  restabelecimento da ordem constitucional na República do Níger”, refere o documento.

De acordo com Comunicado Final, os Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO emitiram uma advertência final aos militares que tomaram o poder no Níger por via de golpe que ocorreu em 26 de Julho findo, exigindo ainda a restauração da ordem constitucional naquele país e o retorno do Presidente Mohamed Bazoum ao cargo.

"A CEDEAO reafirma a sua determinação em manter abertas todas as opções para uma resolução pacífica da crise, em aplicar todas as medidas, particularmente as relativas ao encerramento de fronteiras, proibição de viagens e congelamento dos bens de todas as pessoas, ou de todos os grupos de pessoas, cujas acções têm por efeito dificultar os esforços pacíficos empreendidos para assegurar o rápido e pleno restabelecimento da ordem constitucional", refere ainda o comunicado final.

Os Chefes de Estado  denunciaram as condições de detenção do Presidente Bazoum,tendo responsabilizado o Conselho Nacional para a Salvação do Povo (CNSP) pela segurança e integridade física do Presidente Bazoum, membros da sua família e do seu governo.

A CEDEAO emitiu ainda uma advertência  aos Estados Membros cujas ações diretas ou indiretas tenham como efeito impedir a resolução pacífica da crise no Níger, no que diz respeito às consequências de suas ações perante a Comunidade. 

Adiantou que, esses países são, sem dúvida, Burkina Faso, Guiné Comacri e Mali, que apoiam os militares nigerianos recusando-se a aplicar as sanções económicas impostas pela Organização durante sua cúpula de 30 de Julho contra o Níger.

No comunicado, a CEDEAO convida a União Africana a ratificar todas as suas decisões relativas ao Níger e apela também à todos os países e instituições parceiros, incluindo as Nações Unidas, para que lhe prestem o seu apoio no quadro dos seus esforços para assegurar o rápido restabelecimento da ordem constitucional,  de acordo com seus instrumentos normativos.

Esta reaç]ao da CEDEAO surge numa altura em que os golpistas anunciaram a constituiç[ao de um governo de transição. ANG/AALS/ÂC//SG