Nova
Iorque/ONU denuncia
condições deploráveis em que vive presidente deposto do Níger
Bissau, 10 Ago 23 (ANG)
- O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, denunciou as
"condições deploráveis" em que se encontra detido o presidente
deposto do Níger, Mohamed Bazoum.
As declarações de
Guterres surgem após o partido de Bazoum, o Partido Nigerino para a Democracia
e Socialismo, ter afirmado que a junta militar impôs condições
"desumanas" a Bazoum e à sua família.
"O secretário-geral
está profundamente preocupado com as condições de vida deploráveis em que
Bazoum e a sua família estão a viver desde que foram arbitrariamente detidos
por membros da Guarda Presidencial", afirmou um porta-voz de António
Guterres.
"O secretário-geral
reitera a preocupação com a saúde e a segurança do presidente e da sua família,
e apela mais uma vez à sua libertação imediata e incondicional e à sua
reintegração como chefe de Estado", acrescentou.
O partido de Bazoum
denunciou que o presidente está a viver "sem eletricidade, água, alimentos
e medicamentos", razão pela qual apelou ao "estrito cumprimento das
obrigações internacionais em matéria de direitos humanos no Níger".
A 26 de Julho, um grupo
de militares da Guarda Presidencial deteve Bazoum, anunciou posteriormente a
criação de uma junta militar, denominada Conselho Nacional de Salvaguarda da
Pátria, e anunciou a destituição do Presidente, invocando problemas de segurança
no país.
A comunidade
internacional manifestou preocupação com Bazoum e apelou ao restabelecimento da
"ordem constitucional" após o golpe de Estado, apoiando a posição da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que vai realizar
hoje uma nova cimeira extraordinária em Abuja, capital da Nigéria, depois de
ter terminado o ultimato que fez aos líderes do golpe.
A CEDEAO tinha dado à
junta golpista um prazo até domingo para restabelecer no cargo o Presidente
deposto, sem excluir a possibilidade de uma ação armada para atingir esse
objectivo, embora tenha sido favorável à promoção da diplomacia na última
reunião. ANG/Angop
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