Brasil/Condenado a 17 anos
de prisão primeiro réu julgado por ataques de 08 de Janeiro
Bissau, 15 Set 23 (ANG) – O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil condenou a 17 anos de prisão o primeiro réu julgado pelos ataques violentos realizados por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro contra às sedes dos três poderes em 08 de Janeiro.
Aécio
Lúcio Costa Pereira, de 51 anos, foi condenado pelo tribunal pelos crimes de
associação criminosa, golpe de Estado, abolição do Estado democrático de
Direito, dano qualificado ao património da União e deterioração de património
tombado, que lhe foram imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Sete
dos onze magistrados votaram sem reservas ao lado do relator do caso no STF, o
juiz Alexandre de Morais, pela condenação à prisão de Aécio Lúcio Costa Pereira
a 17 anos de prisão.
Outros
dois magistrados concordaram com o relator, mas sugeriram penalidades
diferentes.
Houve
dois votos divergentes, um do juiz revisor do caso, Kassio Nunes Marques, que
votou a favor da condenação do acusado apenas pelos crimes de dano
qualificado e deterioração do património público, que equivaleria a pena
de dois anos e seis meses de prisão em regime aberto.
O juiz
André Mendonça falou na mesma linha, divergiu sobre a condenação de tentativa
de golpe de Estado, embora tenha proposto uma pena mais dura, de sete anos e
onze meses.
Tanto
Nunes Marques como Mendonça chegaram ao STF graças a Bolsonaro.
Aécio
Lúcio Costa Pereira foi o primeiro dos 1.390 arguidos que respondem no processo
criminal por participação no violento assalto ás sedes da Presidência, do
Parlamento e do próprio Supremo Tribunal Federal brasileiro, a 08 de janeiro.
A
invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do
anterior Presidente, derrotado por Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro
passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.
A
justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se teve
participação na instigação dos atos golpistas e decorrem também investigações a
funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de
facilitação dos ataques. ANG/Inforpress/Lusa
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