Bélgica/UE renova sanções a
responsável por violência no Burundi
Bissau, 23 Out 23 (ANG) - A União Europeia
(UE) renovou hoje, por mais um ano, até 31 de Outubro de 2024, as sanções a um
antigo responsável do serviço de informações do Burundi, na sequência da
violência que assolou o país em 2015.
As medidas restritivas, que desde 2022 se
aplicam apenas a Mathias-Joseph Niyonzima, foram adoptadas após a repressão
violenta de um protesto que se seguiu às eleições de 2015, com execuções
sumárias, desaparecimentos, detenções arbitrárias, tortura e violência sexual
contra qualquer voz dissidente.
A crise causou pelo menos 1.200 mortos e
forçou cerca de 400 mil burundeses a fugirem das suas casas, inclusivamente
para países vizinhos.
Niyonzima está sujeito ao congelamento de
bens e à proibição de viajar para a UE.
Segundo um comunicado do Conselho, a UE
"acompanha permanentemente a evolução da situação no Burundi".
Em 2015, a UE ditou sanções contra quatro
responsáveis no Burundi, incluindo, para além de Niyonzima, o
ex-primeiro-ministro Gervais Ndirakobuca, o então director-geral adjunto da
polícia Godefroid Bizimana e ainda o general Léonard Ngendakumana.
Há um ano, foram levantadas as medidas
restritivas contra estas três pessoas.
O Burundi, um país na região dos Grandes
Lagos, é o mais pobre do mundo em termos de PIB per capita, segundo o Banco
Mundial, que diz que 75% dos seus 12 milhões de habitantes vivem abaixo do
limiar de pobreza internacional. ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário