EUA/ONG Human Rights Watch e AI apelam à libertação de detidos no Níger
Bissau, 26 Out 23 (ANG) - A Human Rights Watch e a Amnistia Internacional apelaram hoje à libertação imediata das pessoas detidas no Níger pelos militares após o golpe de 26 de Julho, denunciando também a repressão contra jornalistas e opositores ao poder.
Em comunicado de
imprensa, citadas pelo site Notícias ao Minuto, as duas organizações não
governamentais indicaram que as autoridades nigerinas "deveriam libertar
as pessoas detidas arbitrariamente".
O governo militar deve
"fazer cumprir os direitos humanos e garantir a liberdade de
imprensa", declarou a investigadora da Humans Rights Watch (HRW) Ilaria
Allegrozzi, citada no texto.
As duas ONG recordam que
desde o golpe de Estado, o Presidente Mohamed Bazoum está detido na sua
residência presidencial com a sua mulher e filho e que vários ministros do
regime estão em diferentes prisões do país.
A Amnistia Internacional
e a Human Rights Watch "consideram as suas detenções arbitrárias porque
têm motivações políticas".
As ONG afirmam também
que "as autoridades ameaçaram, assediaram, intimidaram e prenderam
arbitrariamente jornalistas, jovens e suspeitos de opositores políticos, bem
como pessoas que expressavam opiniões críticas".
Os jornalistas regionais
e internacionais no Níger "estão sob pressão crescente no exercício das
suas actividades", sublinham, acrescentando que "têm sido ameaçados,
assediados verbalmente 'online' e atacados fisicamente".
As duas organizações
mencionam, por exemplo, o caso da jornalista nigeriana Samira Sabou, detida em
30 de Setembro e acusada nomeadamente de "produção e divulgação de dados
susceptíveis de perturbar a ordem pública", depois libertada
provisoriamente em 11 de Outubro.
Denunciam também a
suspensão da transmissão da Radio France Internationale (RFI) e da France 24,
ordenada pelas autoridades militares no início de Agosto.
As ONG denunciam ainda
violência física cometida por apoiantes dos militares nas ruas de Niamey. ANG/Angop
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