quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Tribunal Internacional/Arménia acusa Azerbaijão de “limpeza étnica” no Nagorno-Karabakh

Bissau, 12 Out23(ANG) -  A Arménia acusou ,esta quintaa-feira,o Azerbaijão de “limpeza étnica” no Nagorno-Karabakh e instou a justiça internacional a proteger os poucos arménios que ainda vivem na região separatista.

A Arménia e o Azerbaijão enfrentam-se no Tribunal Internacional de Justiça, o principal órgão judicial das Nações Unidas, três semanas depois da vitória militar de Baku para recuperar o controlo do território separatista do Nagorno-Karabakh.

As audiências desta quinta-feira, no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia,o principal órgão judicial das Nações Unidas, são as mais recentes da batalha jurídica entre os dois países.

O representante da Arménia, Yeghishe Kirakosyan, dirigiu-se à presidente do coletivo de juízes e lembrou que “há menos de nove meses”, na mesma sala, ele avisou que o Azerbaijão estava a preparar um plano de limpeza étnica no Nagorno-Karabakh e que esse plano se concretizou porque, actualmente, há poucos arménios neste território que era maioritariamente composto por eles.

Em causa, a ofensiva-relâmpago do Azerbaijão que, em Setembro, assumiu o controlo, pela primeira vez em três décadas, do Nagorno-Karabakh, e provocou um êxodo de mais de cem mil pessoas para a Arménia [das cerca de 120 mil que viviam na região]. O governo separatista anunciou a sua dissolução e a autoprochamada república vai deixar de existir a 1 de Janeiro de 2024.

Entretanto, os arménios visam outro tribunal em Haia, o Tribunal Penal Internacional, já que o Parlamento arménio ratificou a adesão ao TPI no início de Outubro, num voto fortemente criticado pela Rússia e visto como uma afronta. É que a adesão ao Tribunal Penal Internacional implica a detenção no país de quem for alvo de um mandado de captura internacional, como é o caso de Vladimir Putin, Presidente da Rússia - uma aliada histórica - mas que a Arménia acusa de a ter abandonado na operação militar azeri para retomar o controlo do Nagorno-Karabach.ANG/RFI

 

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