Ensino superior/“Existe desprezo total por parte do governo em relação ao problema do ensino superior no país” diz presidente dos estudantes da UAC
Bissau, 08 Nov 23(ANG) – O
Presidente da Associação dos Estudantes da Universidade Amílcar Cabral(UAC)
disse hoje que existe um desprezo total por parte do governo em relação ao
problema do ensino superior na Guiné-Bissau, em particular a única universidade
pública.
Na origem de novas
paralisações na UAC está o não pagamento de salários atrasados aos professores
contratados.
A Direção da universidade
emitiu um comunicado a informar que as aulas seriam retomadas mas os estudantes
alegam que não será possivel porque os professores efetivos com salários em dia
não são suficientes para lecionar em
todas as turmas.
“ Até agora a universidade
não tem seu próprio Estatuto, que
lhe permite elaborar projetos e fazer parcerias com outras instituições”, disse
Juviecson.
Aquele responsável
estudantil disse que chegou a hora de a
UAC ser desmembrada da “agenda dos políticos”, porque mesmo tendo um bom reitor
ou administrador, cada vez que há mudança na governação, também a universidade
sofre com “mudanças desnecessárias”.
Disse que os estudantes
fizeram muitas reivindicações com o Reitor Fodé Mané, Timóteo Sabá Imbundé,
Inquenhé Na Tanda e que continuam a reivindicar mas que até agora não encontram
soluções para as reivindicações.
Juviecson refere que paralisaram tudo em Fevereiro deste ano,
devido a desorganização administrativa
interna, em que salas de aulas não
conseguiam albergar todos os estudantes, por falta de carteiras, reivindicação
apoiada através de uma carta aberta pelo
coletivo de professores.
“Em Março houve uma
paralisação total por parte dos professores contratados e com adesão de
professores efetivos, que exigiam o pagamento
de cinco meses de salário em atraso e melhoria de condições de trabalho”, acrescentou.
Criticou que a maior parte
do Orçamento Geral do Estado vai para a Assembleia Nacional Popular e Defesa. ANG/JD//SG
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