Angola/Comissária da UA defende a
operacionalização dos fundos sobre mudanças climáticas
Bissau, 08 Dez 23 (ANG) - A Comissária da União Africana, Josefa Correia Sacko, reafirmou, quinta-feira, no Dubai, ser fundamental a operacionalização dos fundos de perdas e danos como forma de apoiar as comunidades mais vulneráveis do continente, principalmente as que residem em pequenos Estados insulares.
Josefa Sacko
defendeu esta posição no encontro consultivo com o grupo africano de
negociadores que participa na COP28, tendo considerado ser importante
desenvolver um entendimento comum de África sobre as principais questões que
ajudarão a tirar melhor partido das questões que afligem o continente neste
segmento.
A diplomata afirmou que
África não é responsável pelo aquecimento global, mas “sofre o impacto de seus
efeitos nefastos que perigam a sobrevivência humana “, sustentou.
Disse que o continente
está a aquecer mais rapidamente do que o resto do mundo e, se não
for interrompida, a mudança climática continuará a ter impactos adversos sobre
as economias e sociedades africanas e prejudicará o crescimento económico e o
bem-estar.
Desta feita, exortou a
comunidade global a agir com urgência para reduzir as emissões, cumprir suas
obrigações, honrar as promessas do passado e apoiar o continente a enfrentar as
mudanças climáticas.
Fez saber que o
CUA trabalhou em estreita colaboração com o grupo de negociadores de África com
o objetivo de promover negociações robustas para operacionalizar o fundo de
perdas e danos, a rede de Santiago, a adopção de uma estrutura para atingir a
meta global de adaptação e estabelecer uma submeta sobre perdas e danos
relacionado com a nova meta coletiva de financiamento climático que são
fundamentais para o continente.
Além disso,
considera que, a posição de África em relação aos mercados de
carbono deve ser muito clara como continente, por possuir dos maiores
potenciais de remoção de carbono do mundo por meio de suas florestas,
especialmente a floresta tropical da Bacia do Congo e os serviços de
ecossistema fornecidos pelas vastas savanas, florestas de Miombo, Turfeiras,
Manguezais e recifes de coral.
“ É assim que defendemos
os compromissos como um processo justo e acelerado de redução gradual da
energia a carvão não consumida e com a eliminação gradual dos subsídios
ineficientes aos combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que fornecemos apoio
direcionado aos mais pobres e mais vulneráveis, de acordo com as circunstâncias
nacionais, e reconhecemos a necessidade de apoio para uma transição justa”,
assegurou a comissária.
Por outro lado, lamentou
que o relatório não tenha refletido adequadamente as diferenças entre as
circunstâncias dos países e suas respectivas capacidades, bem como a
necessidade de fornecimento adequado e previsível de financiamento para
adaptação. ANG/Angop
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