Dissolução do
parlamento/LGDH insurge-se
contra invasão da RDN e TGB por homens
armados
Bissau, 05 Dez 23
(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH), insurge-se contra a
invasão da RDN e TGB por homens armados, ato que diz ter como finalidade “cortar
a liberdade de imprensa e expressão”, pelo que exige a retirada imediata dos
mesmos.
A organização que
defende os direitos humanos condenou “sem reserva” o Decreto presidencial que
anunciou “a suposta dissolução do parlamento”, o que para a organização, traduz
“uma violação grosseira” da Constituição da República da Guiné-Bissau.
A televisão e a rádio estatais
da Guiné-Bissau foram, segunda-feira, ocupadas por "militares fortemente
armados" e os funcionários expulsos das instalações, disseram à Lusa
fontes daqueles órgãos de comunicação social.
A situação relatada ocorreu
depois do anúncio do Presidente da República de dissolução da Assembleia Nacional
Popular, feito na manhã de segunda-feira pelo próprio Umaro Sissoco Embaló e
oficializado em decreto presidencial.
Em comunicado, publicado segunda feira, à que a ANG teve acesso hoje,
a organização referiu que, de acordo com a Constituição, a Assembleia Nacional
Popular não pode ser dissolvida nos 12 messes após a sua eleição, no último semestre do mandato do Presidente
da República ou durante a vigência do estado de sítio ou de emergência”.
“Em democracia vigora
o principio do império da lei, isto constitui o limite do fundamento de todas
as decisões públicas, as competências de todos os órgãos da soberania, particularmente
do Presidente da República, existem como poderes funcionais, do cumprimento
obrigatório, quando decorrem da lei”,reiterou.
A Liga alerta ao chefe
de Estado guineense sobre “ as consequências da sua persistência em manter em
vigor um Decreto Presidencial que fere de morte a democracia e o Estado de Direito
na Guiné-Bissau”,
Em comunicado a Liga
manifesta a sua total determinação de lutar pela defesa intransigente dos
principios da democracia e do Estado de
Direito, exortando as Forças da Defesa e Segurança, no sentido de se manterem
equidistantes das querelas politicas institucionais,cumprindo apenas os ditâmes
da Constituição e demais leis em vigor no país.
O
Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, anunciou segunda-feira a
dissolução do parlamento, justificando que o país se confronta com a “grave
crise institucional”, na sequência de confrontos entre a Guarda Nacional e a
Guarda Presidencial.ANG/LPG/ÂC//SG
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