Cooperação/”Instabilidade política na Guiné-Bissau pode afastar investimentos estrangeiros”, diz Embaixador da China
Bissau,18
Jan 24(ANG) - O Embaixador da República Popular da China admite que a instabilidade política na Guiné-Bissau
pode afastar o investimento estrangeiro, em particular o setor privado chinês.
O
diplomata chinês traçou um quadro favorável
na perspectiva de exportação da castanha de caju produzida na Guiné-Bissau para
a China, a partir deste ano, na sequência de uma visita empresarial chinesa ao país, que
deve acontecer entre os meses de Junho e Julho deste ano.
De
acordo com os dados estatísticos revelados pelo diplomata chinês, os
investimentos público/privado da China na
Guiné-Bissau já ultrapassam 20 milhões de dólares, e Guo Ce revelou que várias empresas chinesas dispõem de planos para investirem na
Guiné-Bissau, em vários domínios.
O
Embaixador da China Popular declarou que esses planos foram prejudicados devido
aos acontecimentos de 01 de Dezembro último.
Para
Guo Ce, a cooperação bilateral China/Guiné-Bissau tem registado dinamismo nos
últimos treze anos, a título de exemplo o diplomata citou a iniciativa de "Futuro
Compartilhado" que conta com a adesão da Guiné-Bissau.
Nesta
entrevista, o diplomata falou também dos investimentos públicos chineses na
Guiné-Bissau, designadamemte, a Construção do Porto de Pesca Artesanal de Alto
Bandim, em Bissau, que gerou centenas de empregos para o jovens e mulheres.
Sobre
apoios à Comunicação Social nacional, o Embaixador Guo Ce garante a
continuidade dos mesmos, sobretudo nos domínios da formação e de intercâmbios,
tendo reconhecido o contributo dos jornalistas guineenses na disseminação das
ações da China na Guiné-Bissau.
Para
o ano em curso, Guo Ce anunciou vários apoios para a Guiné-Bissau,
nomeadamente, nas áreas de saúde, infraestruturas, educação, entre outras.
Os
incidentes de 01 de Dezembro considerado
“tentativa de Golpe de Estado”, pelo Presidente da República, originou a
dissolução do parlamento e consequente queda do Governo, resultante das
legislativas antecipadas de Junho passado, ganhas pela Coligação PAI-Terra
Ranca, coordenada pelo PAIGC.
A
Coligação vencedora das eleições com maioria absoluta protesta a decisão
presidencial com manifestações pacíficas, agora proibidas pelas autoridades
policiais. ANG/RDN/O Democrata
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