França/Novo Governo mais à direita, com Rachida Dati na Cultura
Bissau, 12 Jan 24 (ANG) - O
novo primeiro-ministro francês Gabriel Attal, em conjunto com o Presidente
Emmanuel Macron, formaram um governo mais restrito, mais político, virado
à direita e com menos perfis tecnocratas.
Uma
nova equipa parcialmente revelada, composta por 14 nomes, sete homens e sete
mulheres. Uma paridade perfeita, embora sem nomes femininos em ministérios
sonantes.
Vários pesos pesados do executivo anterior
foram confirmados, Bruno Le Maire continua a tutelar a Economia e Finanças e
Gerald Darmanin à frente do ministério do Interior.
Sébastien Lecornu também permanece nas
Forças Armadas e Eric Dupond-Moretti na Justiça. Marc Fesneau conserva a
Agricultura e a Soberania Alimentar e Christophe Béchu a Transição Ecológica e
Coesão Territorial. Sylvie Retailleau continua a tutelar o Ensino Superior e a
Investigação.
Amélie Oudéa-Castéra vê o seu ministério a
ser alargado e passa de ministra dos Desportos e dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos a ministra do super-ministério da Educação nacional e da
Juventude, dos Desportos e dos Jogos Olímpicos 2024.
A surpresa da remodelação governamental foi
o regresso de Rachida Dati ao elenco, a antiga ministra da Justiça de Sarkozy e
presidente da câmara do sétimo bairro de Paris, regressa ao governo para
assegurar a pasta da Cultura, substituindo Rima Abdul-Malak.
Aos 38 anos, Stéphane Séjourné substitui
Catherine Colonna no ministério da Europa e Negócios Estrangeiros. O mais novo
a ocupar o posto até agora.
Catherine Vautrin passa a ser ministra do
Trabalho, Saúde e Solidariedade. Substitui Olivier Dussopt.
A secretária de Estado da Juventude desde
Julho, Prisca Thevenot, foi promovida a porta-voz do Governo, no lugar de
Olivier Véran.
Marie Lebec é a nova ministra delegada
encarregada das relações com o Parlamento e Aurore Bergé ministra
delegada encarregada da Igualdade entre Mulheres e Homens e da Luta contra as
Discriminações.
Pouco depois do anúncio do novo elenco
governativo, o primeiro-ministro Gabriel Attal, em entrevista à TFI, falou da
nova ministra da Cultura Rachida Dati - até à data crítica em relação a
Emmanuel Macron e sob investigação por corrupção.
Attal evocou "o princípio da
presunção de inocência", diz-se "muito feliz" com a nomeação
desta "mulher que não deixa ninguém indiferente, uma mulher de
compromisso".
Questionado sobre uma viragem à direita do
Governo, o novo primeiro-ministro sublinhou que não está “aqui para pedir aos
meus ministros para me mostrar o cartão político” e acrescentou tratar-se de
uma equipa equilibrada: "há pessoas com uma sensibilidade de direita,
outras de esquerda como Éric Dupont-Moretti, Stéphane Séjourné ou Sylvie
Retailleau".
O primeiro-ministro também renovou o
compromisso de Emmanuel Macron de reduzir os impostos para a classe média.
"O presidente comprometeu-se [a reduzir os impostos em dois mil milhões de
euros] e, evidentemente, estaremos presentes para cumprir o seu
compromisso", garantiu. ANG/RFI
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