ONU/Guterres pede cessar-fogo imediato em Gaza após mais de 100 dias de guerra
Bissau,
16 Jan 24(ANG) – O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou hoje a um
“cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza, após mais de 100 dias de
guerra entre Israel e o Hamas.
“Continuamos a apelara um acesso humanitário rápido, seguro, desimpedido, extenso e contínuo dentro e fora de Gaza”, disse à imprensa António Guterres.
De
acordo o responsável, não há nada que justifique o “castigo coletivo infligido
ao povo palestiniano”.
Mais
tarde, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, adiantou que fase
intensiva do conflito “terminará em breve” no sul do território palestiniano.
“Dissemos
claramente que fase intensiva das operações duraria três meses. No sul
conseguiremos isso e terminará em breve. Chegará o momento em que entraremos na
próxima fase”, declarou o governante.
Uma
das quatro divisões israelitas empenhadas em Gaza desde o início da ofensiva
terrestre em 27 de outubro retirou-se esta noite, segundo o Exército.
O
conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de
Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita
em 07 de outubro.
Nesse
dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400
militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e
militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa
de Gaza.
Em
retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano,
bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local
liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 24.000 pessoas – na maioria mulheres,
crianças e adolescentes – e feridas mais de 60 mil, também maioritariamente
civis.
A
ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e
perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a
quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo
Hamas desde 2007.
A
população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem
precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez
de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde
07 de outubro, pelo menos 350 palestinianos também já foram mortos pelo
Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste,
territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de 5.600 detenções e mais
de 3.000 feridos. ANG/Inforpress/Lusa
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