Angola/BM financia programa de
resiliência alimentar em África
Bissau, 02 Fev 24 (ANG) – O Banco Mundial (BM) vai disponibilizar 3,6 mil milhões de dólares americanos para a primeira fase do Programa de Resiliência dos Sistemas Alimentares (PRSA) em África, indica uma nota da União Africana (UA) chegada quinta-feira à ANGOP, em Luanda.
Segundo o documento, o BM desenvolveu dois
“grandes programas” de segurança alimentar e resiliência cujos investimentos de
abordagem multifaseada vão ser empregues em toda a África
Ocidental, Oriental e Austral.
O objetivo comum, refere a nota, é aumentar
a resiliência dos sistemas alimentares da região, colocando assim todas as
pessoas, incluindo as mais vulneráveis, na via de um acesso fiável a alimentos
adequados, seguros e nutritivos.
Com esta iniciativa, pretende-se melhorar
simultaneamente os meios de subsistência rurais e os ecossistemas saudáveis,
acrescenta o comunicado que cita a comissária da UA para a Agricultura,
Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, Josefa Sacko.
A nota adianta que a diplomata avançou
estes dados quando presidia ao ato de lançamento do Programa de Abordagem
Multifaseada (MPA, sigla em inglês), promovido pela Autoridade
Intergovernamental para o Desenvolvimento da África Oriental (IGAD, sigla em
inglês).
Indicou que existem “pontos críticos
claros” na região oriental do continente, onde o problema se está a agravar a
um ritmo mais rápido, incluindo o corno de África.
Esta região tem estado em tumulto nos
últimos anos em resultado das alterações climáticas e de conflitos localizados,
entre outros fatores, frisou.
Explicou que existe um potencial
significativo no programa de segurança alimentar e resiliência para aumentar a
produtividade agrícola e a resiliência climática, em África, derivado do
diálogo africano de liderança em segurança alimentar que se iniciou, em 2019.
Este programa inclui a adaptação dos sistemas
alimentares às alterações climáticas, o aproveitamento da ciência e da
tecnologia digital e o reforço da colaboração entre os parceiros de
desenvolvimento, disse Sacko.
Por outro lado, enfatizou a necessidade de
se implementar os compromissos existentes em matéria de agricultura e segurança
alimentar, incluindo a Agenda 2063 da União Africana (UA) e a Declaração de
Malabo.
“É bem sabido que os sistemas alimentares
da África Oriental e Austral são dos mais vulneráveis do mundo”, afirmou,
precisando que esta sub-região alberga mais de 656 milhões de pessoas, muitas
das quais “são extremamente pobres e enfrentam grandes dificuldades no acesso
diário a alimentos adequados, seguros e nutritivos”.
MPA oferece uma abordagem pragmática e
adaptativa para abordar a resiliência dos sistemas alimentares que vai
permitir que a região atue sobre uma série de desafios e oportunidades de
forma cooperativa e eficaz.
Vai ser implementado numa ampla faixa
de países africanos que inclui a participação de várias organizações regionais
e outras agências intergovernamentais. ANG/Angop
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