Faixa de Gaza/China apela ao Irão para preservar segurança no mar Vermelho
Bissau, 09 fev 24
(ANG) – O vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, disse hoje
ao homólogo iraniano, Ali Bagheri, que a China espera que "todas as
partes" trabalhem em conjunto para preservar a segurança das vias
navegáveis do mar Vermelho.
"A situação
tensa no mar Vermelho surgiu em resultado do conflito de Gaza. A China apela a
todas as partes envolvidas para que salvaguardem conjuntamente a segurança das
vias navegáveis do mar Vermelho, de acordo com a lei, e respeitem a soberania e
a integridade territorial dos países ao longo do mar Vermelho", sublinhou
Ma num encontro em Pequim, de acordo com um comunicado da diplomacia chinesa.
Bagheri afirmou que o
Irão atribui "grande importância" à manutenção da segurança da
navegação nas águas do Mar Vermelho, mas observou que devem ser criadas
"condições de estabilidade", o que incluiria "encontrar soluções
para o conflito em Gaza".
"O Irão está
pronto a reforçar a comunicação e a coordenação com a China para promover
conjuntamente a paz e a estabilidade regional e mundial", afirmou Bagheri,
ainda de acordo com a nota.
Sobre o conflito
israelo-palestiniano, Ma disse que Pequim quer "trabalhar com os países
islâmicos, incluindo o Irão, para promover uma solução abrangente, justa e
duradoura para esta questão".
Bageheri respondeu
que o cessar-fogo e o fim da guerra em Gaza devem ser alcançados "o mais
rapidamente possível", acrescentando que o seu país se opõe à
"imposição de uma solução" ao povo palestiniano.
Os rebeldes Huthis,
apoiados pelo Irão, começaram a atacar, em meados de novembro, os navios que
navegam no mar Vermelho, que transporta cerca de 15% do comércio mundial, no
âmbito das suas operações contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza.
Estas operações
obrigaram várias companhias de navegação a alterar rotas, com os consequentes
efeitos económicos globais, levando os Estados Unidos a liderar uma coligação
internacional para intervir e evitar consequências para o comércio mundial.
Nos últimos anos,
Pequim, que estreitou laços com Teerão, manifestou repetidamente oposição às
sanções dos EUA contra o Irão e o apoio ao reinício das conversações para
implementar o acordo nuclear iraniano, que foi abandonado por Washington em
2018.ANG/Lusa
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