África do Sul/Justiça rejeita recurso da líder do parlamento para travar detenção
Bissau, 02 Abr 24 (ANG) – O Tribunal Superior de Gauteng, na capital sul-africana, rejeitou um recurso urgente da líder do parlamento, para impedir a sua detenção num caso de alegada corrupção, foi hoje anunciado.
“Não há nenhum facto
exposto na declaração de fundamentação deste pedido ou no pedido principal, e
por isso o pedido é retirado do processo com o pagamento das custas judiciais”,
anunciou a juíza Sulet Potterill.
Na leitura da sentença,
a juiz sul-africana considerou que a presidente da Assembleia Nacional do
Parlamento sul-africano, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, procurou abrir um precedente
para que suspeitos possam interditar a sua detenção por considerarem ilegal e
sem prova de facto.
“Todavia, o tribunal
considera que o recurso não é urgente, devendo garantir que haja consideração
substancial numa audiência no devido tempo”, adiantou a juíza citada pela
imprensa local.
A presidente da
Assembleia Nacional foi implicada em alegações de suborno, que remontam ao seu
tempo como ministra da Defesa – uma questão levantada pela primeira vez no
parlamento em 2021, pelo líder do Movimento Democrático Unido (UDM), Bantu
Holomisa, na oposição.
Mapisa-Nqakula enfrenta
alegações de corrupção de mais de 2,3 milhões de rands (112 mil euros) em
alegados subornos em contratos da Força de Defesa Nacional da África do Sul
(SANDF, na sigla em inglês) quando desempenhou o cargo de ministra da Defesa
entre 2012 e 2021, segundo a imprensa local.
Na semana passada, a
líder do parlamento sul-africano, que é política do partido Congresso Nacional
Africano (ANC), no poder desde 1994, apresentou uma ação urgente no tribunal
visando impedir a sua detenção pelas autoridades sul-africanas, considerando-a
“iminente” e “ilegal”.
No mês passado, investigadores da elite policial criminal sul-africana HAWKS, em articulação com a Autoridade Nacional de Acusação (NPA), revistaram a residência de Nosiviwe Mapisa-Nqakula, em Joanesburgo, indicou à imprensa o porta-voz do parlamento, Moloto Mothapo. ANG/Lusa
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