Irão/Amnistia
Internacional denuncia 853 execuções em 2023 no Irão
Bissau, 05 Abr 24 (ANG) - A
Amnistia Internacional,em comunicado divulgado, quinta-feira, deu conta de pelo
menos 853 execuções no Irão no ano passado, o número mais alto desde 2015 que
marca também um aumento de 48% em relação a 2022 e de 172% em relação a 2021.
Ao considerar que as prisões iranianas se
transformaram em "locais de massacre", esta ONG de defesa dos
Direitos Humanos apela a uma reacção da comunidade internacional.
Neste comunicado em que observa que mais da metade das execuções estão
relacionadas com crimes ligados à droga, a Amnistia denuncia "as políticas
assassinas de luta contra a droga da República Islâmica",
e sublinha que "os opositores e os
membros de minorias étnicas oprimidas figuram entre as pessoas executadas".
O ano de 2023 "foi
igualmente marcado por uma intensificação chocante da aplicação da pena de
morte contra menores delinquentes, com a execução de um rapaz de 17 anos e de
quatro jovens condenados por crimes cometidos quando tinham menos de 18
anos", revela a organização.
Ao exortar a comunidade
internacional a tomar medidas para "pôr fim à terrível onda de execuções",
a Amnistia Internacional revela ainda que só desde o início de 2024,
já foram registadas 95 execuções.
"Na ausência de uma forte reacção global, as
autoridades iranianas vão sentir-se autorizadas a executar milhares de outras
pessoas nos próximos anos, com total impunidade", diz no seu comunicado a Amnistia
Internacional.
"As autoridades iranianas reforçaram a pena capital
com o objectivo de espalhar o medo no seio da população e de reforçar o
seu poder", na sequência da sublevação popular provocada pela morte em detenção
de Mahsa Amini, uma jovem curda em Setembro de 2022 por desrespeito à
lei religiosa, acusa a Amnistia.
Segundo organizações
locais, foram levadas a cabo pelo menos 9 execuções em elo com estes protestos.ANG/RFI
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