Caso 1 de Fevereiro/Julgamento de acusados por tentativa de golpe de Estado com data marcada
Bissau, 30 Mai 24(ANG) – O julgamento de 25 indivíduos detidos há mais
de dois anos em conexão com a tentativa de golpe de Estado de fevereiro de 2022
no país está marcado para ter início na próxima terça-feira, dia 4 de junho,
segundo fontes judiciais civis e militares.
O processo, que será conduzido pelo Tribunal Militar da Guiné-Bissau,
contará entre os réus com o ex-chefe da Armada guineense, o vice-almirante José
Américo Bubo Na Tchuto, apontado pelas autoridades como o líder da fracassada
intentona.
A informação foi confirmada à Lusa por um advogado de defesa de alguns
dos suspeitos, que revelou que Na Tchuto e os outros 25 arguidos, civis e
militares, respondem por “crime de atentado contra a vida do Presidente”
guineense, Umaro Sissoco Embaló, e ainda por “tentativa de alteração da ordem
constitucional”.
De acordo com fontes do Tribunal Militar, dos 25 indivíduos
pronunciados, alguns ainda se encontram foragidos. Para a sessão inaugural do
julgamento, agendada para as 10h00 (hora local) na Base Aérea de Bissalanca,
prevê-se a presença de apenas 12 arguidos, “entre civis e militares”.
Recorde-se que, em 1 de fevereiro de 2022, homens armados atacaram a
sala do Conselho de Ministros no Palácio do Governo, disparando contra os
presentes, incluindo o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, que presidia à
reunião.
O Governo classificou o incidente como uma tentativa de golpe de Estado,
que resultou na morte de 11 pessoas, a maioria elementos da segurança dos
governantes, e na detenção de cerca de 50 outras.
Um julgamento civil para alguns dos detidos estava inicialmente previsto para dezembro de 2022, mas foi adiado “para uma nova data” na altura da última hora. O tribunal justificou o adiamento com a falta de condições devido a obras de reabilitação na zona da baixa de Bissau onde se situa o tribunal.ANG/Lusa/RTP
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