Caso Marcha Frente Popular/Advogado dos ativistas admite possibilidade desencadear uma ação judicial no plano interno e internacional
Bissau, 29 Mai 24 (ANG) - O
Advogado dos ativistas da Frente Social admite ainda a possibilidade de se
desencadear uma ação judicial no plano interno e internacional, para
responsabilizar pessoas como o Secretário de Estado da Ordem Pública e do
ministro do Interior assim como todos os envolvidos nos atos de tortura dos
detidos.
Luís Vaz Martins falava
terça-feira em conferência de
imprensa conjunta entre o Coletivo dos
Advogados, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e a Frente Popular (FP)
na Casa dos Direitos em Bissau.
O advogado afirmou que vão desencadear
conjuntos de ações judiciais no plano interno assim como como no plano
internacional contra as pessoas que deram ordem e todos os que estiveram
envolvidos nesta prática.
Por sua vez o presidente da Liga Guineense dos Direitos
Humanos(LGDH), Bubacar Turé instou também o Ministério Público para abertura
urgente de um processo contra os titulares do Ministério do Interior.
“Outras leis em vigor na
Guiné-Bissau resaltam que todas as provas obtidas com base na tortura são nulas
e sem efeitos e apesar de ser nula contra vítima mas é válido para a
responsabilização criminal do torturador”, afirmou o líder da organização
defensora dos direitos humanos na Guiné-Bissau.
O Ministério Público libertou
esta segunda-feira, os membros da Frente Popular, detidos do caso de
manifestação do dia 18 de maio, com medidas de Coação, Termo de Identidade e
Residência (TIR).
Durante a conferência de
imprensa o Coordenador da Frente Popular afirmou que
foram torturados e brutalizados até à cela da Segunda Esquadra pelas forças de
segurança durante os 10 dias.
Armando Lona afirmou que nunca imaginava que um cidadão guineense
pudesse ser colocado na situação de brutalidade, depois de 50 anos de
independência da Guiné-Bissau e sobretudo num Estado de Direito Democrático.
Lona explicou que foram
espancados desde o local onde os deteram até na prisão, além das brutalidades postas
nas redes sociais.ANG/JD/ÂC
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