China/Seul, Tóquio e Pequim em
concordância sobre "desnuclearização da península coreana"
Bissau, 27 Mai 24 (ANG) – Seul, Tóquio e
Pequim concordaram hoje que a desnuclearização da Coreia do Norte e a
manutenção da estabilidade na península coreana são do seu "interesse
comum", afirmou hoje o primeiro-ministro japonês, durante uma cimeira
trilateral em Seul.
"Mais
uma vez, foi confirmado que a desnuclearização da Coreia do Norte e a
estabilidade na península coreana são do interesse comum dos três países",
afirmou Fumio Kishida.
O
presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, acrescentou que a questão é "uma
responsabilidade e um interesse partilhado" pelos três países.
As
declarações foram feitas após a nona Cimeira Trilateral entre China, Japão e
Coreia do Sul. O primeiro encontro trilateral em mais de quatro anos é visto
como um sinal positivo para aliviar as tensões no nordeste asiático.
Antes
da reunião, Pyongyang informou a guarda costeira japonesa de que vai lançar o
seu segundo satélite espião a partir do próximo domingo, o que viola as sanções
da ONU.
De
acordo com Seul, a Coreia do Norte está a receber ajuda de Moscovo na indústria
espacial, em troca do fornecimento de armas às tropas russas na Ucrânia. Em
novembro, Pyongyang colocou pela primeira vez em órbita um satélite espião.
Yoon
e Kishida instaram Pyongyang a cancelar o lançamento, que, segundo Yoon,
prejudicaria "a paz e a estabilidade regionais e mundiais" e exigiria
uma reação "decisiva" da comunidade internacional.
"Reiteramos
as nossas posições sobre a paz e a estabilidade na região e a desnuclearização
da península coreana", escreveram os líderes numa declaração conjunta,
afirmando que pretendem "prosseguir os esforços positivos para uma
resolução política" da questão.
O
primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apelou "às partes envolvidas para que
usem de contenção e evitem complicar ainda mais a situação", segundo a
agência noticiosa oficial China News Agency.
A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte e um importante aliado diplomático. No passado, recusou-se a condenar os testes de armas de Pyongyang e criticou as manobras conjuntas de Washington e Seul. ANG/Lusa
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