Moçambique/ Greve no sistema de saúde faz 1000 mortes
Bissau, 21 Mai 24 (ANG) - A greve no sistema de saúde moçambicano já fez
cerca de mil mortes, numa altura em que o Governo e os profissionais continuam
de costas voltadas por falta de consensos nas negociações.
Os
profissionais da saúde cumprem hoje o 21º dia de greve por melhores condições
de trabalho e de salário. O Presidente da Associação dos Profissionais da Saúde
Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, afirma que a greve no
sistema de saúde moçambicano já fez cerca de mil mortes.
“Neste momento por falta de
atendimento nas nossas unidades sanitárias já foram registados quase mil óbitos
nas nossas unidades sanitárias”, explicou.
Anselmo
Muchave recorda que os profissionais de saúde estão às autoridades que
providenciem melhores cuidados de saúde para a população, nomeadamente a compra
de medicamentos.
“Nós estamos a reivindicar para
que mais de 95% da população e utentes de serviços públicos de saúde não vejam
a sua condição agravada por falta de um simples paracetamol, uma ligadura
engessada, uma refeição adequada ao seu estado de saúde , oxigênio para o bloco
operatório cuja falta pode registar em mortes por hipoxia ou asfixia”, denuncia.
O
Presidente da Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de
Moçambique acrescenta que estão também a exigir ao executivo “o pagamento de um trabalho que realizamos, que são as horas extras e
turnos, riscos inerentes as atividades desde o ano 2023”.
Apesar de várias rondas negociais com o Governo, Anselmo Muchave diz que ainda não há consensos que levem a suspensão da greve iniciada a 29 de Abril, por 30 dias prorrogáveis. ANG/RFI
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