Política/APU-PDGB acusa Presidente da República de ser responsável moral e material pela morte de Papa Fanhe
Bissau, 18 Jun 24 (ANG) – A Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da
Guiné-Bissau (APU-PDGB) acusou o Presidente da República de ser o único responsável
moral e material pela morte do capitão de Fragata Papa Fanhe, um dos suspeitos
de envolvimento na alegada tentativa de
golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022, cujo o julgamento foi recentemente
adiado “sine die”.
A acusação ao Chefe de Estado guineense, consta na
Declaração Politica de APU-PDGB, do dia 15 de junho, à que a ANG teve acesso hoje.
O partido liderado pelo ex-primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam declarou a
retirada de “Confiança Política” ao Presidente da República Umaro Sissoco
Embalo e ordenou à todos os seus militantes e dirigentes a se demitirem das suas
funções no atual Governo de Iniciativa Presidencial, em obediência e respeito aos
Estatutos do partido..
O partido que conquistou nas legislativas passadas um mandato, dirigiu-se
ao Presidente da República para lhe dizer que o seu mandato presidencial termina no dia
27 de Fevereiro de 2025, data a partir da qual o novo Presidente da República
eleito deve entrar em funções, razão
pela qual as eleições presidenciais devem
ser realizadas antes do fim do mandato,
em Fevereiro de 2025.
A APU-PDGB responsabiliza Umaro Sissoco Embaló pela degradação geral do
estado social e democrático da Guiné-Bissau caso resistir a não marcação das eleições presidenciais para novembro
de 2024, terminando com a “falsa consulta do Constitucionalista português
Professor Doutor Jorge Bacelar Gouveia”.
Exorta ao Umaro Sissoco Embaló a adotar postura equidistante e neutra de
assuntos internos dos partidos políticos, sob pena de uma mobilização popular
para exigir os seus direitos consagrados na Constituição da República.
No documento, APU-PDGB exige a celeridade da justiça dos militares e civis
presos no caso 1 de fevereiro de 2022.
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau solidarizou-se
com as Direções dos Partidos democráticos, MADEM-G15, PRS e PAIGC, “pelas
interferências e assaltos as sedes desses dois últimos e manipulação dos seus
militantes e dirigentes pelo Presidente da República”.
Ainda nessa Declaração Politica, APU-PDGB diz que o chefe de Estado “sequestrou o Supremo Tribunal da Justiça, a Procuradoria Geral da República, a
Comissão Nacional de Eleições (CNE), O Tribunal de Contas, entre outras, sempre
orquestrando falsos processos na vã tentiva antidemocratica de garantir o seu segundo mandato”.
Criticou as interferências do Presidente
da República nos assuntos internos dos
partidos, nomeadamente no MADEM-G15, PRS, PAIGC e APU-PDGB, que diz causar divisão, indisciplina, desordem e anarquia no
seio desses partidos, através da corrupção e aliciamento politico.
O partido de Nuno Nabiam exorta à todos os apuanos a se manterem
confiantes, serenos, firmes e determinados na luta nas suas bases e na diáspora,
sempre convicto na vitória final. ANG/LPG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário