Angola/ Bloco de oposição denuncia "natureza
violenta" de regime
Bissau,
12 Jul 24 (ANG) – Os líderes da Frente patriótica unida, bloco da oposição angolana,
relataram na quinta-feira à agência Lusa terem sido impedidos pela guarda
presidencial de entregar no Tribunal Supremo um documento com o parecer do
grupo sobre a suposta degradação das condições de vida.
Adalberto Costa Júnior,
presidente da UNITA, maior partido da oposição, apelou à reforma da natureza do
regime que qualificou como "violenta".
Os dirigentes da Frente patriótica unida
angolana (FPU) distribuiram panfletos aos populares nesta quinta-feira em
Luanda bem como às principais instituições do Estado.
A polícia de intervenção impediu, porém, o
acesso dos deputados ao Largo Primeiro de Maio, no centro da capital.
Tratavam-se de dirigentes da UNITA, do Bloco
Democrático (BD) e do projecto político PRA-JA Servir Angola, bem como
Francisco Viana, membro da sociedade civil.
A caravana composta pelos líderes da FPU
entregou, por uma janela, a primeira cópia do documento ao Protocolo da
Presidência da República de Angola.
A guarda presidencial impediu a sua posterior
distribuição junto do Tribunal Supremo como revelou à agência
Lusa Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, qualificando o regime
angolano como de “natureza violenta” .
“O
que ocorreu, de facto, naquela rua da Presidência: fomos impedidos de chegar ao
Tribunal Supremo... esta é a natureza do regime liderado por João
Lourenço", referiu Adalberto Costa Júnior, nomeadamente, à
agência Lusa, numa alusão ao chefe de Estado angolano.
Para o líder da UNITA, “é importante que o regime reflita a
necessidade de reformar esta natureza violenta, uma natureza de não diálogo,
que não é democrática e que não tem a liberdade de o cidadão circular
normalmente junto das suas instituições”.
O documento da FPU, apresentado na
quarta-feira, em conferência de imprensa e distribuído também à Conferência
episcopal Angola/São Tomé e Príncipe descreve a degradação das condições de
vida dos angolanos, "um autêntico calvário", segundo este parecer.
Júnior alegou ter uma "postura cívica" com
este movimento da FPU deplorando a "violência extrema desnecessária".
"Esta Angola precisa de diálogo, esta Angola precisa de reformas, esta Angola precisa de rever aquelas instituições que legitimam o poder político", rematou o dirigente da oposição angolana.ANG/RFI
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