Costa do Marfim/”O terrorismo na África Ocidental é agora um fator estatístico significativo nas causas da morte”, diz académico
Bissau, 02 Jul 24 (ANG) –
O professor-pesquisador da Universidade de Parakou, Dr. Aziz Mossi, afirmou sexta-feira,
em Korhogo, que o terrorismo na África Ocidental é agora um dado estatístico
significativo entre as causas de morte .
Esta afirmação foi feita durante a sua apresentação sobre a génese do terrorismo em África, anuncia a Agência Costa-marfinense de Informação-AIP.
De acordo com estatísticas do Índice Global de Terrorismo, em
2021, os ataques terroristas em todo o mundo causaram aproximadamente 23.692
mortes. Entre os dez países mais afectados pelo terrorismo, cinco são
africanos, de acordo com a classificação do Índice Global de Terrorismo 2023,
onde o Burkina Faso ocupa o segundo lugar. Benin e Togo também apresentam
progressões preocupantes.
Durante a sua apresentação, o Dr. Aziz Mossi destacou o alarme
representado pela progressão do jihadismo, como parte de um projecto de
extensão à costa oeste africana. A sua comunicação, intitulada “Terrorismo na
África Ocidental: Do Sahel ao Golfo da Guiné”, sublinhou a necessidade de uma
resposta eficaz e sustentável a este flagelo crescente.
Na sequência desta intervenção, um perito militar apresentou um
documento sobre a correlação entre a inteligência e a condução de operações
contra terroristas, apelando a uma maior participação das populações na recolha
de informações.
Estas conferências decorreram quinta-feira, 27 de junho e
sexta-feira, 28 de junho de 2024, na Universidade Péléforo Gon Coulibaly, em
Korhogo, e no Posto de Comando da Zona Operacional Norte (ZON). Fazem parte de
uma campanha de sensibilização organizada pela Academia Internacional de Luta
contra o Terrorismo (AILCT).
Atrás do Afeganistão, Burkina Faso ocupa o segundo lugar no
ranking, com, ao longo de um ano, 310 incidentes terroristas que causaram 1.135
mortes e 496 feridos. Somália, Mali, Nigéria e Níger ocupam a terceira, quarta,
oitava e décima posições, respectivamente.
Em doze meses, quatro destes cinco países progrediram nesta classificação preocupante. Entre os 50 primeiros, 20 países são africanos, incluindo recém-chegados como o Togo (27º, subindo 49 lugares) e o Benim (28º, subindo 23 lugares), de acordo com o Índice Global de Terrorismo.ANG/AIP/FAAPA
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